A iniciativa colocou 118 processos em pauta, para audiências de conciliação entre as partes.
O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania – Cejusc Famílias, do Tribunal de Justiça do Amazonas, promoveu nos dias 1.º, 2, 3, 8 e 9 deste mês de outubro, um Mutirão de Conciliação com 118 audiências de processos das 1.ª, 4.ª, 6.ª, 7.ª, 8.ª e 10.ª Varas de Família, obtendo 58 acordos entre as partes, que representou 49% das audiências.
Todas as ações pautadas foram resultado da “Semana de Intervenção Psicossocial (SIP)”, realizada no período de 9 a 13 de setembro, quando aconteceram Oficinas de Parentalidade, momento de orientações que podem se desdobrar em outros atendimentos psicossociais às famílias envolvidas e que tiveram apoio tanto da equipe do Direito (servidores, assessores, estagiários) quanto do Psicossocial do Cejusc Famílias. A Oficina de Parentalidade contou com mais de 162 participantes com impacto em 118 famílias.
“Cada processo desses demora de 3 a 6 meses para ser periciado, os resultados do mutirão refletem o impacto positivo da intervenção multiprofissional nos processos que se encontravam em situação de intenso litígio nas perícias de Vara de Família. Mostrou como a ênfase na conciliação juntamente com momentos de reflexão e orientação às famílias, pode ser um meio eficiente para evitar o desgaste emocional que os processos litigiosos frequentemente acarretam e otimização do sistema de justiça”, destacou Larissa Briglia, psicóloga do Cejusc Famílias, que juntamente com a assistente social Silvânia Silva, em 2022, criou o projeto que consiste em uma intervenção nos processos das Varas de Família que aguardam perícia na tentativa de resolução mais rápida.
A psicóloga explica que o objetivo dessa versão do projeto foi proporcionar a oportunidade às partes dos processos a gerir seus conflitos, tomando decisões conscientes sobre suas próprias vidas, sendo oferecido ferramentas e meios propícios para isso. “Essa iniciativa busca reduzir a demanda judicial, a morosidade, gastos processuais e principalmente, contribuir para a efetivação dos direitos das famílias privilegiando o diálogo e a busca por soluções que atendam os interessados e minimizem os impactos negativos das disputas judiciais nos relacionamentos interpessoais”, avalia Larissa.
Sandra Bezerra
Foto: Acervo do Cejusc Famílias
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