A campanha “Setembro Amarelo”, promovida pela Prefeitura de Manaus para a prevenção ao suicídio, continua a ser desenvolvida na REDE municipal de saúde com foco no tema central “Se precisar, peça ajuda!”, assim como em atividades para a valorização da vida.
Desde o início mês de setembro, a Secretaria Municipal de saúde (Semsa), por meio da gerência de Assistência Especializada e a Divisão de REDE de Atenção Psicossocial, incentivou as unidades de saúde e as sedes dos Distritos de saúde (Norte, Sul, Leste, Oeste e Rural) para o desenvolvimento de ações alusivas à campanha.
A gerente de Assistência Especializada da Semsa, Efthimia Simões Haidos, informa que estão sendo promovidas palestras, rodas de conversa, exibição de filmes, exposições, grupos focais, Práticas Integrativas e Complementares em saúde (Pics), teatro de fantoches, oficinas de artes e distribuição de materiais informativos.
“As equipes de saúde têm trabalhado com dedicação no propósito de ampliar o debate sobre a prevenção do suicídio e difundir informações qualificadas sobre a temática, alcançando tanto nossos servidores quanto os usuários da REDE municipal de saúde”, afirma Efthimia Haidos.
Durante atividade promovida nesta quinta-feira, 25/9, direcionada para trabalhadores do Complexo de saúde Oeste, no conjunto Santos Dumont, bairro da Paz, a psicóloga Ivelisse Noronha destacou que a campanha deste ano trabalha com o tema “Se precisar, peça ajuda!” como uma forma de reforçar junto à população que existe uma REDE de apoio que PODE ser acionada e que é possível encontrar ajuda.
“A ideia é que a pessoa saiba que não está sozinha, que pedir ajuda não é fraqueza e sim coragem, é cuidado consigo mesmo e com o próximo. E a campanha ‘Setembro Amarelo’ vai além da prevenção ao suicídio, buscando sensibilizar para a valorização da vida. Quando a pessoa tem ideação suicida, está passando por um momento de desesperança. Por isso, é importante fazer movimentos que possam oferecer apoio e levar as pessoas a ter uma maior esperança em relação à vida”, explicou Ivelisse Noronha.
A psicóloga orienta ainda que para tratar o tema, seguindo o direcionamento da campanha “Setembro Amarelo” de 2025, é importante evitar reproduzir notícias sensacionalistas, evitar mostrar imagens e detalhes de métodos de suicídios e evitar espalhar desinformação.
“O enfoque é estimular o compartilhamento de mensagens de apoio, divulgar históricos de superação, indicar caminhos de ajuda, no tratamento médico, psiquiátrico e os serviços de REDE de atendimento, e fomentar empatia para com o próximo. É importante ficarmos atentos para escutar, encorajar a fala e acolher sem julgamentos”, apontou Ivelisse.
saúde do trabalhador
Profissionais do Complexo de saúde Oeste, que reúne os Distritos de saúde (Disa) Rural e Oeste, o Conselho Municipal de saúde (CMS/Manaus), a diretoria de Vigilância Epidemiológica, Ambiental, Zoonoses e da saúde do trabalhador (Dvae) e o Centro de Especialidade Odontológica (CEO Oeste), participaram da programação desta quinta-feira, 25/9.
A assistente social Ana Carolina Leão, responsável pelo Serviço de Qualidade de Vida no trabalho (SQVT) do Complexo de saúde Oeste, explicou que o foco da ação foi orientar os trabalhadores sobre a importância de procurar ajuda e informar sobre a REDE de atendimento.
“O setor de Qualidade de Vida no trabalho já realiza um trabalho de avaliação de saúde dos servidores, inclusive com um protocolo de avaliação de sofrimento mental. Um dos focos desse trabalho é o servidor que apresenta um sofrimento, não sabe identificar, nunca buscou ajuda ou atendimento médico”, informou Ana Carolina.
De acordo com a assistente social, as ações no Setembro Amarelo são uma oportunidade de reforçar o trabalho realizado para o direcionamento do atendimento na REDE de saúde, oferecendo apoio e apontando caminhos para amenizar o sofrimento e obter a ajuda de profissionais qualificados.
A REDE municipal conta com Unidades de saúde com atendimento com psicólogo e cinco Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que fazem acompanhamento de casos específico para crianças e adultos em situação de sofrimento psíquico grave e persistente ou decorrente do uso abusivo de crack, álcool e outras drogas.
Para a assistente social Aline Alves, da gerência administrativa do Disa Oeste, as informações são essenciais por levar em conta a saúde mental dos servidores. “Temos servidores que acabam se afastando da vida laboral por conta de situações como depressão e ansiedade. Então, ações como essa são importantes, mesmo porque servidores com a saúde mental em dia têm mais condições de oferecer um serviço de qualidade para a população”, afirmou Aline Alves.
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Texto – Eurivânia Galúcio/Semsa
Fotos – Divulgação/Semsa