Maioria dos acidentes em 2025 envolveram serpentes

FOTO: Girlene Medeiros/FVS-RCP e Divulgação/FVS-RCP.
Com a cheia dos rios no Amazonas, é comum que animais peçonhentos se desloquem de habitats naturais em busca de abrigo, incluindo áreas residenciais. O que aumenta o risco de acidentes, principalmente, em áreas rurais e no interior do estado. Diante desse cenário, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) reforça o alerta à população para a adoção de medidas preventivas e o cuidado redobrado durante este período de inundações.
O monitoramento de acidentes por animais peçonhentos é realizado durante todo o ano, mas os cuidados devem ser intensificados nos meses em que a cheia dos rios modifica a dinâmica das comunidades. No mês de maio, com o cenário de inundação em todo o estado, foram registrados 242 acidentes, sendo 56% causados por serpentes.
De acordo com a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, é comum o registro de circulação de serpentes, escorpiões e até aranhas fugindo dos rios durante a cheia. “Reforçamos a importância da adoção de medidas preventivas simples, mas eficazes, que contribuem diretamente para a prevenção do risco de acidentes com esses animais peçonhentos, principalmente em áreas alagadas”, destaca.
Entre as orientações de prevenção, estão o uso de calçados fechados, a limpeza de quintais e terrenos baldios, o cuidado ao manusear entulhos e objetos armazenados em locais úmidos, além da atenção ao entrar em áreas de mata ou locais alagados.

A gerente de Zoonoses do Departamento de Vigilância Ambiental da FVS-RCP, Érica Chagas, reforça que, ao identificar a presença de animais peçonhentos, a recomendação é manter distância e acionar os órgãos de saúde ou defesa civil local.
“É importante evitar o contato direto e, no caso de acidente, buscar atendimento médico imediato. Quanto mais rápido o atendimento, maiores as chances de sucesso no tratamento com o uso de soros antiveveno diversos”, explica Érica.
Vigilância Ambiental
A FVS-RCP reforça que mantém o abastecimento estratégico de soros antivenenos nas unidades de saúde do interior e segue com o acompanhamento dos casos registrados em todo o estado. O tipo de acidente mais comum neste ano é o causado por serpentes (56%), seguido de escorpião (16%) e aranha (11%), o que reforça a necessidade de vigilância e ações educativas contínuas nas comunidades mais vulneráveis.
Em março, a FVS-RCP em parceria com SES-AM, Fundação de Medicina Tropical – Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Ministério da Saúde, via Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), ampliou a distribuição dos soros antiveneno para o tratamento de acidentes envolvendo animais peçonhentos para 14 polos base em áreas indígenas. A estratégia visa o atendimento ágil e de qualidade para reduzir os impactos de acidentes ofídicos e escorpiônicos em áreas distantes.
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