24/11/2023 – 12:11
Debatedores ouvidos nesta terça-feira (23) pela Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados sugeriram que o poder público assuma a gestão do teatro e da faculdade de artes Dulcina de Moraes, em Brasília, que passam por sérios problemas financeiros. De acordo com a deputada Erika Kokay (PT-DF), que solicitou o debate, há dívidas que não permitem a instituição obter financiamentos para reverter sua situação de crise.
Hoje, a instituição, criada pela atriz, diretora, produtora e professora Dulcina de Moraes é gerida pela Fundação Brasileira de Teatro (FBT), também criada por Dulcina. A faculdade oferece licenciatura em Artes Visuais e licenciatura e bacharelado em Artes Cênicas.
A presidente da Comissão de Cultura da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Veranne Magalhães, lembrou que a União já é o maior financiador da Fundação e sugeriu que o complexo se torne público. “Para facilitar inclusive essa questão das gestões, porque dessa forma o poder público vai ter um compromisso maior com a instituição”.
A deputada Erika Kokay acrescentou que chegou a ser considerado levar o patrimônio a leilão para o pagamento das dívidas. Mas a Justiça Federal decidiu por cancelá-lo. Ela explicou que o espaço da fundação, na região central de Brasília é cobiçado, também, pela especulação imobiliária.
“É preciso construir uma grande corrente cidadão para impedir que a especulação imobiliária fique pisoteando os espaços que devem ser públicos aqui no DF”, ponderou.
A deputada informou que, devido a essa situação, o patrimônio seria leiloado para o pagamento das dívidas. Mas a Justiça Federal decidiu cancelar o leilão. “O cancelamento inesperado foi motivo de alívio para a classe artística, mas a luta está longe de terminar”, afirmou.
O secretário de Cultura do Distrito Federal, Cláudio Abrantes, disse que o governo do Distrito Federal já está buscando soluções para o espaço, e apontou como opção, uma parceria da FBT com a recém-inaugurada Universidade do Distrito Federal.
Da Redação – RL