A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (15) o Projeto de Lei 710/22, da deputada Flávia Morais (PDT-GO), que denomina “Rodovia Iris Rezende Machado” o trecho da BR-153 entre as cidades de Anápolis (GO) e Aliança do Tocantins (TO), numa extensão de 621 quilômetros. Ao todo, a rodovia tem 3.542 km de extensão e corta o país no sentido Norte-Sul, passando por oito estados. A matéria será enviada ao Senado.
Iris Rezende Machado morreu em novembro de 2021 e exerceu diversos cargos públicos em mais de 60 anos de carreira política. Foi vereador, deputado estadual, senador, ministro da Agricultura e da Justiça, prefeito de Goiânia por quatro vezes e governador de Goiás duas vezes (de 1983 a 1987, quando Tocantins ainda pertencia ao território de Goiás, e de 1991 a 1995).
Para a relatora, deputada Marussa Boldrin (MDB-GO), Rezende “foi um ícone da política goiana e brasileira”. “Com tamanha trajetória política, o estado de Goiás sente orgulho e gratidão por esse ilustre e honrado homem público, sempre exercendo suas missões com competência, eficiência e abnegação”, afirmou a autora.
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Marussa Boldrin, relatora: “Rezende foi ícone da política goiana”
Ditadura
Flávia Morais, em sua justificativa, lembra que Iris Rezende conseguiu, em 1965, chegar à prefeitura de Goiânia, capital do estado.
Segundo ela, o sucesso de iniciativas populares, como a construção de casas populares por meio de mutirões, trouxe prestígio a sua gestão e ele foi convidado pelos militares a ingressar na Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido que apoiou o regime militar. Ele negou o convite, foi destituído do cargo de prefeito e teve seus direitos políticos cassados por dez anos.
Após o fim da ditadura, filiou-se ao PMDB e exerceu os cargos de maior projeção de sua carreira.
Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Geórgia Moraes