Em 2022, o volume total exportado e importado entre o Brasil e a China somou quase R$ 800 bilhões. Esse montante faz da China o maior parceiro comercial do Brasil. Para fortalecer a parceria entre esses países, deputados e senadores relançaram a Frente Parlamentar Brasil-China e a Frente Parlamentar do BRICS (sigla do bloco Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Empresários, diplomatas e parlamentares destacaram a importância desses grupos nas relações do Brasil com os vários países envolvidos.
Os deputados Acácio Favacho (MDB-AP) e Fausto Pinato (PP-SP) disseram que o BRICS continua sendo um mecanismo relevante para o Brasil.
“É um grande desafio fazer essa aproximação diplomática, manter um bom ambiente de negócios e uma boa relação com esses países”, disse Favacho, que é secretário-geral das frentes parlamentares.
Para ele, a visita do presidente Lula à China reforça essa relação diplomática. “O Poder Executivo constrói essa comitiva de relacionamento, mas em conjunto com o Poder Legislativo, que vai debater a legislação e os acordos internacionais”, acrescentou.
Mais ênfase
Fausto Pinato, presidente das frentes parlamentares, observou que o PIB do BRICS é maior do que o do G7. O número de população também. “O Brasil precisa dar mais ênfase a essas novas oportunidades. Não que o BRICS vá resolver nossos problemas, mas é uma ponte, como é o Banco Mundial, como são outras fontes de financiamento, para projetos estruturantes, projetos sustentáveis, para que possamos ter vantagem financeira e gerar emprego e renda aos brasileiros”, afirmou.
Para Pinato, o BRICS é uma plataforma importante que não foi tão usada no governo passado. “É estratégico. A Rússia, por exemplo, com os fertilizantes; a Índia com a maior indústria farmacêutica; a África, um continente onde podemos fazer parcerias na construção civil; e a China, que é o nosso maior parceiro comercial e, sem dúvida, mantém nossa balança positiva”, disse.
Parlamento chinês
Presidente do Instituto Sociocultural Brasil-China, Thomas Law defendeu a adoção de mecanismos para promover discussões mais amplas com o Parlamento chinês. “Além de ter relação comercial muito boa entre os dois países, tem uma relação de diplomacia, uma relação de respeito, uma relação de amizade, que vai completar 50 anos no ano que vem”, disse
“O Congresso do Povo Chinês tem 3 mil deputados. Eu acho que é o momento agora de aprimorar essas relações com o parlamento através das frentes parlamentares, que têm amplitude de discussões temáticas”, acrescentou.
Reportagem – Dourivan Lima
Edição – Wilson Silveira