Em sessão ordinária compensatória da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) da segunda-feira, 28, o deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) voltou a falar sobre a construção irregular de um aterro sanitário privado numa Área de Proteção Permanente (APP) localizado no entorno do Igarapé do Leão, situação no quilômetro 13 da BR-174. Desta vez, o parlamentar sugeriu que a Comissão de Proteção aos Animais, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Casa Legislativa (CPAMA-Aleam) atue na apuração de possíveis danos ambientais provenientes da obra nas proximidades do manancial.
Diante da tribuna, Wilker pediu que o órgão temático do Parlamento estadual investigue, juntamente com o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), quais os prejuízos ambientais foram causados com a obra no local. De propriedade da construtora Marquise Ambiental, a construção do aterro sanitário vem sendo bastante criticada pelo perigo de causar um grave dano ambiental no Igarapé do Leão, principal afluente do Rio Tarumã, e que poderá impactar na qualidade de vida dos mais de 100 moradores que residem próximo do local.
“Peço que a Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, juntamente com o Ipaam, possa averiguar o que já foi feito e os danos causados ao meio ambiente, além de pedir a reparação do que já foi cometido naquela APP. Estou severamente preocupado com as gerações futuras”, ponderou Wilker.
Barreto ponderou, ainda, que os trabalhos da Casa Legislativa sejam pautados na defesa do meio ambiente e na garantia da qualidade de vida das gerações futuras.
“Nós precisamos levar o Parlamento estadual para uma agenda verde e a pauta da Aleam precisa fiscalizar e legislar nessa linha. Agora chegou o momento, não podemos permitir que essa bomba-relógio que estão armando, para daqui a 10, 20 anos, essa legislatura não seja tachada como negligente e omissa”, finalizou o deputado, que 2021 já vinha alertando sobre os riscos da construção de um aterro sanitário privado nas proximidades do Igarapé do Leão.
Jornalista responsável: Nathália Silveira (92) 98157-3351Texto: Dayson Valente