A última atividade de 2023 do projeto “Suframa nas Escolas” foi realizada na manhã desta terça-feira (28), no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-AM), localizado na Avenida General Rodrigo Otávio, Distrito Industrial, zona Sul de Manaus. O evento reuniu aproximadamente 170 alunos, divididos entre os que cursam o segundo ano do ensino médio na Escola Emina Mustafá, no Clube do Trabalhador (Sesi), zona Leste da capital amazonense, e os cursos técnicos oferecidos pelo Instituto Euvaldo Loid (IEL).
Idealizado e coordenado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o projeto tem o objetivo de promover palestras informativas em instituições de ensino com o intuito de disseminar, junto aos estudantes, as informações acerca do que é a Autarquia, do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) e da importância de ambos para a região e o País, nos aspectos econômico, social, ambiental e tecnológico.
Na abertura dos trabalhos, o superintendente Bosco Saraiva compartilhou informações relevantes sobre a história do modelo – fazendo referência aos tempos áureos da Borracha e a personagens como o autor do projeto que criou a ZFM, deputado federal Francisco Pereira da Silva, o Pereirinha (1957) – e fez um pequeno relato da passagem dele pelo “chão de fábrica” nos anos 1980, antes de partir para a vida pública e, finalmente, chegar a superintendente da Suframa. “Assim como eu acreditei lá atrás, acreditem vocês também. Aproveitem bem esse momento, num local que acolhe os filhos de trabalhadores, e sigam o trabalho iniciado lá atrás pelos seringueiros, por Pereirinha. Se muitos chegaram aqui, vocês também podem”, sugeriu Bosco Saraiva.
O Sistema Fieam esteve representado pelo diretor de Marketing da organização, Paulo Pereira. Ele também destacou a importância do Suframa nas Escolas para o futuro da região. “A indústria hoje representa muito e estamos fomentando isso aqui. Acreditamos em vocês e, por isso, o programa é muito importante nesse sentido”, frisou o diretor.
Atualmente, os alunos que se formam em escolas como a Emina Mustafá, recebem dupla certificação: uma do ensino médio e a outra relativa aos cursos de Mecatrônica e Rede de Computadores, segundo explicou o pedagogo Tiago Braga.
Palestra
A palestra que marcou o encerramento das atividades foi ministrada pelo administrador Leonardo Perdiz, da Coordenação-Geral de Assuntos Estratégicos na Suframa. A dinâmica foi seguida da apresentação de slides, exibição de vídeos institucionais e realização de enquetes, cujo objetivo é estimular a participação dos alunos e facilitar a compreensão em relação ao assunto abordado.
Além de apresentar o PIM, por meio deste e de outros projetos – que se revestem em um grande benefício para a população de áreas como Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Macapá e Santana (no Amapá) e de todo o Brasil –, o Suframa nas Escolas tem a finalidade de apresentar a esses jovens, o leque de “oportunidades” para os futuros profissionais.
Números
De junho a novembro deste ano, o Suframa nas Escolas realizou 12 atividades e alcançou quase 750 alunos.
Após e encerramento de cada evento, os estudantes participaram de uma pesquisa para medir o nível de satisfação acerca do conteúdo apresentado. No geral, foram destacados como “bom” e “muito bom” os itens Avaliação, Conteúdo Apresentado, Tempo de Palestra, Oportunidades de Participação e Qualidade do Material.
No quesito “palestrantes”, os alunos ressaltaram o domínio do conteúdo por parte dos técnicos da Suframa, que atuaram no projeto de forma voluntária.
Satisfação
O nível de satisfação nesta terça-feira, por exemplo, alcançou pessoas como Guilherme Paz e José Fernando, ambos de 19 anos. O primeiro participou da ação como “Menor Aprendiz” e revelou que já está focado em seguir carreira no ramo empresarial. “A palestra foi muito interativa e ativa para todos nós. Eu já tinha algum conhecimento sobre o assunto Zona Franca de Manaus, por estudar muito para concurso. Quero seguir a carreira de advogado, na área do Direito Empresarial”, revelou.
Para José Fernando, saber que muitos produtos eletroeletrônicos comercializados em todo o Brasil são produzidos no Polo Industrial de Manaus (PIM), serve de incentivo para que possa trilhar, num futuro bem próximo, no campo da informática. “Sinceramente, eu não sabia que tudo isso é feito aqui. E olha que meu pai tem uma loja de informática! É um espelho para mim”, disse o estudante.