Para o superintendente, o tema se torna prioritário, pois atua diretamente na demanda por diversificação das matrizes econômicas e, além de impactar socioeconomicamente no longo prazo da região, se reflete em questões atuais como o dilema da empregabilidade versus o avanço tecnológico. “Notem que os indicadores da Suframa geralmente apresentam aumentos de faturamento e produção, mas não ultrapassa o teto de 110 mil empregos diretos. Isso é resultado da automação. Em junho, visitei uma fábrica em que trabalhei juntamente com 92 pessoas. A mesma linha tem agora seis pessoas, com várias funções extintas. Com a Inteligência Artificial, talvez dos seis só fique um para verificar se a máquina está ligada. Por isso, é importante as pesquisas que podem utilizar nossa biodiversidade e se transformar em agroindústrias, absorvendo assim mão de obra local”, frisou.
Bosco Saraiva reforçou a relevância do tema, relembrando que a Amazônia já foi extremamente impactada por perder uma guerra biotecnológica no período da Borracha. “Recentemente, o CBA (Centro de Bionegócios da Amazônia) ganhou vida própria e poderá também acessar esses recursos. Para fixar o quanto isso poderá impactar nossa região, basta lembrar o que poderia ter sido evitado se há 120 anos tivéssemos um CBA. Teríamos podido implantar técnicas e competir com a Malásia na produção da borracha. Não tínhamos e por conta disso passamos de 1920 até 1970 na miséria”, discursou.
Em seguida, ocorreu uma explanação técnica sobre a Lei 8.387/1991, realizada pelo coordenador-geral de Gestão Tecnológica da Suframa, Rafael Gouveia. O servidor apresentou dados de evolução da gestão de PD&I e destacou indicadores de desempenho e resultado, como: o total de Protótipos com inovação científica ou tecnológica (174); número de Processos com inovação científica ou tecnológica (96); programas de computador com inovação científica ou tecnológica (351); produtos com inovação científica ou tecnológica (69); Publicações científicas e tecnológicas em periódicos ou eventos científicos com revisão pelos pares (234); dissertações defendidas (77); teses defendidas (15); e profissionais formados ou capacitados (15.661).
A sessão também teve discursos dos vereadores Caio André (presidente da Casa, do Podemos); Roberto Sabino ((Podemos); Lissandro Breval (Avante); Rodrigo Guedes (Podemos); e Diego Afonso (UNIÃO Brasil), entre outros. Também estavam representando a Suframa superintendente-adjunto de Desenvolvimento e inovação tecnológica, Waldenir Vieira, o superintendente-adjunto Executivo, Luiz Frederico Aguiar, entre outros servidores.
Aleam
A política de inovação na Amazônia e a Lei de Informática também foi tema de cessão de tempo requerida pelo deputado Dr. George Lins (UNIÃO Brasil), ocorrida na quinta-feira (3) na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).