O deputado Sinésio Campo (PT) lamentou a ausência da Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante a 26ª Conferência da Unale, evento que ocorre entre os dias 7 e 9 de novembro em Fortaleza, no Ceará, que reúne deputados estaduais de todo o Brasil para troca de experiências e debates sobre temas relevantes. A Ministra Marina Silva era a principal convidada em uma mesa redonda que ocorreu na tarde desta quinta-feira (09), sobre o tema “Mudanças Climáticas, Meio Ambiente e Energias renováveis”.
De acordo com Sinésio Campos (PT), a Ministra do Meio Ambiente era aguardada pelos deputados estaduais que compõem o Parlamento Amazônico para o debate de temas relevantes para a região, como, por exemplo, a revitalização da BR-319. “Entendemos que é preciso ter um diálogo entre Ministério do Meio Ambiente, Ministério dos Transportes, e DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para encontrarmos um caminho para retirar o Amazonas do isolamento do resto do país”, comentou o parlamentar.
Mesmo sem a participação da ministra do Meio Ambiente, Sinésio Campos acompanhou a mesa redonda, e criticou a abordagem dada pelos especialistas, que colocam a culpa das mudanças climáticas nos povos da Amazônia. “Pelo que estou presenciando aqui, estão discutindo mudanças climáticas e aquecimento global e estão colocando a Amazônia como grande culpada do aumento da temperatura do planeta. Zerar o desmatamento é, na verdade, reduzir a perspectiva de emprego e renda. Nós da Amazônia tempos a consciência da importância da preservação do meio ambiente, da nossa floresta, e dos povos originários, mas também precisamos garantir que nossa população viva com dignidade”, afirmou o parlamentar, afirmando ainda que o Amazonas têm avançado na transição energética, substituindo o óleo diesel das termelétricas por gás natural, muito menos poluente. Segundo dados divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente na tarde desta quinta-feira (09), de Janeiro a Julho deste ano, houve uma redução de 42% no desmatamento na Amazônia brasileira. Considerando todo o período mapeado, houve uma redução de 2.593 km² de desmatamento em relação a 2021/2022. O estado do Amazonas foi o que mais teve queda, de 64%.