Mobilização em bairros da zona Oeste incluiu carreata, exposição do ciclo do mosquito e divulgação dos resultados do 4º LIRAa.
A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de saúde (Semsa), promoveu, nesta sexta-feira, 12/12, o Dia D de Mobilização contra o Aedes nas ruas do bairro Compensa e no entorno da igreja Santa Teresinha, no bairro Alvorada 2, zona Oeste. A ação começou com uma carreata e incluiu exposição do ciclo biológico do mosquito, apresentação dos materiais do Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) e apresentação do grupo Garis da Alegria.
Divulgação do 4º LIRAa
O evento também serviu para a divulgação do resultado do 4º LIRAa realizado neste ano. Conforme os dados apresentados, foram vistoriados 25.954 imóveis em Manaus no mês de novembro, com índice de infestação predial de 1,8%, o que mantém o município em nível de médio risco para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (médio risco compreende valores entre 1,0 e 3,9).
Segundo o subsecretário de Gestão da saúde, Djalma Coelho, a Semsa realizou quatro levantamentos neste ano para identificar o nível de risco em cada um dos 63 bairros de Manaus e nas quatro zonas urbanas (Norte, Sul, Leste e Oeste), fornecendo informações atualizadas para o planejamento de intervenções de prevenção e controle do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Djalma ressaltou que o LIRAa identifica os depósitos predominantes que acumulam água e favorecem a proliferação do Aedes, muitas vezes encontrados dentro dos domicílios e nos quintais, e destacou a importância do envolvimento da população nas ações de combate ao mosquito.
Bairros com risco elevado e mapa de vulnerabilidade
O 4º LIRAa de 2025 apontou seis bairros com alto risco de infestação predial: Tarumã, Da Paz, Alvorada, Lírio do Vale, Nova Esperança e Santo Agostinho. Outros 28 bairros ficaram com baixo risco e 29 com médio risco.
Com base nos indicadores de infestação e no número de notificações de dengue, zika e chikungunya, a Semsa elaborou um Mapa de Vulnerabilidade que indicou 18 bairros em alta vulnerabilidade: Tarumã-Açu, Tarumã, Cidade Nova, Parque 10 de Novembro, Flores, Aleixo, Jorge Teixeira, Gilberto Mestrinho, Zumbi, São José Operário, Compensa, Centro, Santa Etelvina, Colônia Terra Nova, Alvorada, Nova Esperança, Santo Antônio e Petrópolis.
A diretora de Vigilância Epidemiológica, Ambiental, Zoonoses e da saúde do trabalhador (Dvae/Semsa), Marinélia Ferreira, explicou que as informações do LIRAa permitem direcionar ações para áreas mais vulneráveis com foco na prevenção.
Marinélia informou que Manaus está no período de maior frequência de chuvas, o que favorece o aumento de focos e criadouros do Aedes, e reforçou a importância de trabalhar com prevenção.
Orientações e ações de prevenção
A Semsa orienta a aplicação do Checklist 10 Minutos contra o Aedes, que propõe eliminar criadouros em apenas 10 minutos por semana. Como o ciclo de vida do Aedes aegypti leva de 7 a 10 dias do ovo ao mosquito adulto, a limpeza semanal ajuda a evitar a proliferação.
Marinélia citou exemplos de recipientes que muitas vezes são esquecidos, como copos descartáveis, lonas que acumulam água e vasilhas de animais domésticos, e afirmou que a ação semanal protege a casa, a família e a comunidade.
O 1º LIRAa deste ano, realizado entre 17 e 27/3, registrou índice de 2,2%; o 2º LIRAa, entre 30/6 a 10/7, indicou 1,4%; e o 3º LIRAa, de 8 a 19/9, apontou 1,0%.
Casos e monitoramento
Entre janeiro e 6/11, Manaus registrou 1.211 casos confirmados de dengue, nove casos de zika e 79 de chikungunya. O chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores da Semsa, Alciles Comape, afirmou que o período de chuvas aumenta o risco de casos, mas que Manaus apresenta redução significativa nos casos de dengue em comparação ao ano anterior.
Alciles informou que no ano anterior houve quase 11 mil notificações e mais de três mil casos confirmados; neste ano, até a data informada, foram 4.342 notificações e 1.211 casos confirmados, e por isso é essencial manter a atenção.
Os Distritos de saúde (Disa) seguem com ações nos bairros de maior vulnerabilidade, incluindo educação em saúde, eliminação ou tratamento de criadouros nos domicílios, borrifação com inseticida quando necessário e monitoramento permanente das notificações de casos suspeitos.
Texto – Eurivânia Galúcio/Semsa
Fotos – Cristian Guerreiro/Semsa
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