Durante sua fala na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) nesta quarta-feira, 7/8, o deputado estadual Rozenha (PMB) questionou o real interesse da Organização Não Governamental (ONG) Laboratório Observatório do Clima ao entrar com uma liminar solicitando a suspensão dos efeitos da Licença Prévia nº 672/2022, que autoriza a reconstrução e o asfaltamento do “trecho do meio” da rodovia BR-319. Para o deputado, parece que existem forças que estão tentando impedir a viabilização da BR-319. Ele não entende a razão para o pedido de suspensão da licença, já que a ONG foi convidada a participar das discussões do grupo de trabalho do Ministério dos Transportes responsável por avaliar a viabilidade técnica, ecológica e econômica da rodovia. Segundo Rozenha, esse grupo de trabalho foi criado para esclarecer todas as dúvidas e todas as exigências do ICMBio e da ministra Marina Silva foram atendidas no relatório, comprovando que a BR-319 é viável do ponto de vista técnico e ambiental. No entanto, a ONG conseguiu uma liminar que pode fazer com que a reconstrução da BR-319 volte à estaca zero. Essa liminar, emitida pela 7ª Vara Ambiental e Agrária da Justiça Federal no Amazonas, pode trazer graves consequências sociais para o Estado. O deputado está preocupado com os efeitos da seca severa que já colocou 20 municípios do Amazonas em situação de emergência. Para ele, mais do que nunca, a BR-319 é a única solução para o Estado. Ele acredita que a Justiça Federal foi insensível ao conceder essa liminar, que pode submeter a população do Amazonas ao isolamento logístico. Especialistas afirmam que as condições climáticas na Amazônia indicam uma seca extrema, e os efeitos já podem ser vistos em diversos municípios. “Se mais um ano passar sem a BR-319, teremos uma situação de quase calamidade. Por isso, temos o dever de lutar para amenizar o sofrimento do povo do Amazonas”, alerta o deputado.