O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), da Prefeitura de Manaus, realizou, até novembro deste ano, mais de 55 mil atendimentos emergenciais em ocorrências de agravos à saúde no município. O serviço, gerenciado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), recebeu, nesse período, mais de 193 mil chamadas, por meio da central telefônica 192.
Ao todo, nos atendimentos de janeiro a novembro deste ano, o Samu realizou 55.517 envios de veículos de emergência, sendo 47.150 de Unidades de Suporte Básico (USB), 5.639 de Unidades de Suporte Avançado (USA), 2.468 de motolâncias e 260 de ambulanchas.
No balanço parcial, a diretora do Samu Manaus, Elen Assunção, aponta um aumento expressivo de atendimentos feitos por motolâncias, quase três vezes maior em relação ao ano passado, que teve 861 envios de veículos dessa modalidade. As motolâncias proporcionam maior agilidade no trânsito das equipes de socorro e tempo-resposta menor para o atendimento inicial das ocorrências.
“Tivemos um aumento da nossa frota de motolâncias, de seis para 16 veículos, no início deste ano, após entrega feita pela gestão municipal. Hoje contamos com duplas de motos em todas as zonas do município, distribuídas entre nossas 11 bases descentralizadas”, informa.
Elen destaca, ainda, 21 atendimentos com transporte aéreo realizados em 2024, a maioria de setembro a novembro, período mais severo da estiagem deste ano. As ocorrências, todas de casos graves envolvendo moradores de localidades isoladas pela seca e de áreas de difícil acesso na zona rural, foram atendidas com o apoio de aeronaves das Forças Armadas e da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM).
“Tivemos agora em novembro um parto dentro de um helicóptero, que foi muito noticiado, além do caso de uma moradora de uma localidade distante, que precisou ser transportada em uma rede por duas horas, por uma área de mato, até um local onde o helicóptero podia pousar”, lembra a diretora.
O levantamento do Samu aponta também uma redução no número de chamados para o 192. Neste ano, até novembro, foram feitas 193.525 ligações para a Central de Regulação do serviço; no ano passado, de janeiro a dezembro, o total chegou a 248.308.
Para Elen, a mudança reflete uma conscientização maior da população sobre as situações em que se deve buscar apoio do serviço de urgência. “Tanto é assim que o número de envios de unidades de urgência, neste ano, está no mesmo patamar de 2023, que foi de 55.614”, avalia.
Trânsito e fumaça
Entre as ocorrências mais frequentes atendidas pelo Samu estão as decorrentes de acidentes de trânsito. “Como nos anos anteriores, as ocorrências com veículos de duas rodas e motocicletas são maioria nos registros. Até novembro, em primeiro lugar, em número de ocorrências, estão colisões entre carros e motos, com 4.418 registros; em quarto, vêm quedas de moto, com 3.089”, relata.
Elen assinala, ainda, um aumento de casos de falta de ar, ou dispneia, que aparece em segundo lugar entre as ocorrências mais frequentes atendidas pelo serviço municipal, com 3.698 registros.
“Esse aumento ocorreu exatamente na época das queimadas, quando a cidade ficou encoberta por fumaça e muitas pessoas buscaram atendimento por conta de problemas respiratórios”, destaca.
Entre os registros mais frequentes nos atendimentos do Samu estão ainda episódios de queda em geral, que somaram 3.600 ocorrências, e de crise convulsiva, com 2.521.
Estrutura
O Samu 192 atende pedidos para ajuda médica em casos de urgência e emergência, de natureza clínica, psiquiátrica, cirúrgica, traumática, obstétrica e ginecológica. As solicitações à Central de Regulação das Urgências (CRU) do serviço são feitas pelo número de emergência 192, com atendimento em regime de 24 horas, todos os dias da semana.
Criado como parte da estrutura da Semsa, por meio do Decreto nº 8.324, da Prefeitura de Manaus, de 2006, o Samu conta com uma frota de 59 veículos de emergência, sendo 34 ambulâncias de suporte básico (USB) e sete de suporte avançado (USA), 16 motolâncias e duas ambulanchas. Aproximadamente 865 servidores atuam no serviço, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, condutores e outros profissionais de saúde e administrativos.
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Texto – Jony Clay Borges/Semsa
Fotos – Divulgação/Semsa