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Dia 4 de outubro é o dia dos Agentes Comunitários de Saúde e de Agente de Combate às Endemias
Indo de casa em casa, nas áreas urbanas e nas comunidades de difícil acesso no Amazonas, os Agentes de Combate às Endemias (ACE’s) são os responsáveis por vistoriar residências, depósitos, terrenos e estabelecimentos para combater focos de doenças, destacando a inspeção cuidadosa de caixas d’água, calhas e telhados. Essas atividades são fundamentais para prevenir e controlar doenças, como dengue e malária.
No Amazonas, são 1.321 ACEs, ligados à Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM). E, nesta quarta-feira (04/10), Dia dos ACEs e dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), a Fundação destaca a importância desses profissionais que desempenham papel fundamental para a saúde pública.
“São os agentes de combate às endemias que percorrem ruas, bairros e comunidades para identificar focos de doenças e orientar os moradores sobre as medidas de prevenção e contribuir para a eliminação de criadouros de mosquitos e outros vetores. Trata-se de um trabalho essencial para a saúde pública”, destaca a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim.
Dos 1.321 ACE’s ligados à FVS-RCP, são 342 profissionais atuando na FVS-RCP das ações de gerenciamento e suporte aos 62 municípios do Amazonas nas ações de combate às endemias operacionalizadas pelas Secretarias Municipais de Saúde (Semsas). Os demais 979 agentes atuam sediados em 35 municípios do interior do Estado.
Levando saúde aos lugares mais remotos
O ACE Jeovani Moraes, de 37 anos, atua no combate às endemias há 18 anos em Atalaia do Norte (distante 1.138 quilômetros de Manaus), levando orientações de prevenção à saúde pelo Serviço Único de Saúde (SUS). Durante a carreira, para o agente, as experiências mais gratificantes incluem poder acompanhar, de perto, a importância das ações desenvolvidas por meio dele.
Atuando no combate à malária, em comunidades indígenas, o agente destacou uma criança que recebeu o tratamento para a doença em uma das ações. “Uma criança indígena, com apenas alguns dias de nascida, que já estava com malária, e realizamos diagnóstico e tratamento. Há pouco tempo, nos reencontramos novamente, agora tendo 17 anos e saudável”, recorda Jeovani.
Rebeca Lima, de 37 anos, atua há cinco como ACE em São Gabriel da Cachoeira (distante 852 quilômetros de Manaus) e também destaca o quão gratificante é trabalhar na eliminação de doenças. “Posso ver, por exemplo, que o paciente está sendo tratado e curado com acompanhamento de medicação supervisionado, através de doses assistidas, para não haver abandono de tratamento e, com êxodo, ver a melhora do paciente”, acrescenta.
ACEs
Os ACEs trabalham em contato direto com a população e é um profissional fundamental para o controle de endemias, trabalhando de forma integrada às equipes de atenção básica, participando das reuniões e trabalhando em parceria com demais profissionais de saúde nos municípios. Além disso, os ACEs podem contribuir para promoção da integração entre as vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental.