Para avaliar, diagnosticar e acompanhar o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes, a Prefeitura de Manaus realizou, nesta quarta-feira, 1º/6, a 1ª Avaliação de Desempenho do Estudante (ADE) para os alunos do 2º ao 9º ano do ensino fundamental e da 3ª e 4ª fases da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A grande novidade neste ano foram as provas totalmente acessíveis, atendendo assim às necessidades dos estudantes com deficiência. No total 365 escolas e mais de 163 mil alunos da rede municipal de ensino devem participar da avaliação.
A secretária municipal de Educação, Dulce Almeida, destacou que o resultado da ADE é crucial para que a rede municipal de ensino verifique os parâmetros necessários, a fim de alcançar uma educação de qualidade e excelência. Ela reforça que pela primeira vez a prova é realizada de modo acessível.
A ADE é uma avaliação interna, nos moldes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), prova nacional que compõe a nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A ação é coordenada pela Divisão de Avaliação e Monitoramento (DAM), da Secretaria Municipal de Educação (Semed), e busca avaliar as habilidades e competências desenvolvidas pelos estudantes nos componentes curriculares de língua portuguesa e matemática.
‘Aulões’
“A inclusão está sendo trabalhada de uma forma efetiva na Semed e a participação desses alunos nos proporciona um olhar mais acolhedor, de muito respeito e com muita dignidade. Então, desejo uma boa prova a todos os alunos e vamos continuar seguindo as orientações do prefeito David Almeida, para trabalharmos sempre mais pela educação de Manaus”, destacou.
A aluna Ana Beatriz Tavares, 9, do 4º ano, da escola municipal Almeron Caminha, no Alfredo Nascimento, zona Norte, disse não ter sentido dificuldade na prova e com certeza vai tirar 10. “Achei a prova muito boa, estudei muito, me dediquei para essa avaliação. Eu acho que consigo tirar 10, pode até ser um nove, gostei bastante dessa prova”, disse a aluna.
Na escola municipal Professor Themístocles Pinheiro Gadelha, bairro Jorge Teixeira, zona Leste, aproximadamente 1.100 alunos participaram da avaliação. De acordo com a gestora da unidade, Daniele dos Santos, a escola realizou vários “aulões” com simulados para que os alunos tivessem contato com o estilo de avaliação. “Nós realizamos vários aulões com simulados dos conteúdos trabalhados durante o bimestre, assim como o preenchimento do cartão-resposta. Os pais também foram orientados para que não deixassem os filhos faltar às mobilizações de estudo”, informou Daniele.
Este ano as provas serão totalmente acessíveis, para que todos os estudantes participem da avaliação. Para os alunos deficientes visuais, as provas serão em Braille, enquanto os deficientes auditivos que sabem Libras, terão tradutor e intérpretes da linguagem. Os estudantes que são deficientes visuais e não sabem Braille, terão ledores e transcritores, assim como os deficientes físicos impossibilitados de escrever com as mãos, pés ou boca. Já os alunos com baixa visão, terão provas ampliadas.
Acessibilidade
“Estamos avançando em relação a acessibilidade das nossas avaliações, esse é o primeiro ano que vamos aplicar uma prova em Braille, provas ampliadas para os com baixa visão, ledores e intérpretes para os alunos deficientes visuais ou que não sabem Braille, e intérprete para os que são deficientes auditivos. Então conseguimos avançar bastante dentro dessa questão da acessibilidade, vamos conseguir de fato gerar inclusão”, pontuou Anézio.
De acordo com o chefe da ADE, Anézio Mar, o objetivo da Semed é garantir, cada vez mais, que os estudantes com deficiência se sintam integrados a todos os processos educacionais.
A estudante Vanessa Nascimento, 12 anos, da escola municipal Carolina Perolina, localizada no bairro São José, zona Leste, realizou a avaliação em Braille, e comentou sobre a importância deste exame para sua vida estudantil.
Para este ano a DAM também criou o “Manual de Acessibilidade da ADE”, com orientações e estratégias gerais e específicas aos estudantes com deficiência física, intelectual, auditiva/surdez, visual (cegueira e baixa visão), bem como Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Nos demais anos a aplicação foi feita com provas ampliadas e orientando a partir dos guias de aplicação acerca de algumas estratégias que permitam a acessibilidade dos estudantes.
“Essa experiência é bem interessante, porque eu nunca fiz uma prova assim. Eu espero obter boas notas. Eu treinei muito ontem à noite e treinei com a minha irmã a partir da leitura do Braille e com meu pai a partir da tecnologia sobre os assuntos de língua portuguesa, matemática e ciências. Estou feliz com essa avaliação”, disse.
Texto – Érica Marinho e Andrew Ericles / Semed
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Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHBqjzSwM1
Fotos – Eliton Santos e Thaís Araújo / Semed
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