A Prefeitura de Manaus promove o curso “Acesso e Cuidado em Saúde à População LGBTQIAPN+”, no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS). Coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), o curso foi desenvolvido em uma parceria entre a Divisão de Promoção da Equidade às Populações Vulneráveis e a Escola de Saúde Pública (Esap), utilizando conteúdo on-line e atividades presenciais.
A programação é direcionada para 80 profissionais da Semsa, entre gestores e representantes das áreas técnicas das diretorias de Atenção Primária, Vigilância Epidemiológica, Ambiental, Zoonoses e de Saúde do Trabalhador, Atenção Especializada e Apoio Diagnóstico e Inteligência de Dados, além do Conselho Municipal de Saúde e dos Distritos de Saúde Norte, Sul, Leste, Oeste e rural.
O chefe da Divisão de Promoção da Equidade às Populações Vulneráveis da Semsa, Celso Cabral, explica que a primeira etapa do curso é realizada na plataforma de Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), com uma aula sobre a “Política de Equidade à População LGBTQIAPN+”.
“O curso faz parte do compromisso da gestão em qualificar o atendimento e a oferta de serviços para a população LGBTQIAPN+, assim como organizar os fluxos de atendimento. Nesse processo, é essencial capacitar gestores e técnicos, fortalecendo o acolhimento, o acesso aos serviços e ao cuidado em saúde”, afirmou Celso Cabral.
Após a primeira aula do curso, disponível na plataforma AVA, da Esap, até o dia 21 de fevereiro, os profissionais terão encontros presenciais, a partir do dia 27 de fevereiro, divididos em quatro turmas. Os próximos módulos no curso abordarão os temas: Acolhimento e Humanização; Considerações sobre Saúde Mental da População LGBTQIAPN+; e Prevenção e Cuidado no Contexto das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), HIV/Hepatites Virais (HV).
De acordo com Celso Cabral, a intenção da Semsa é promover a capacitação para profissionais de todos os pontos de atendimento da rede municipal de saúde. “A programação prevê um intenso processo de capacitação, para um melhor acolhimento possível nos serviços de saúde, com respeito e combatendo a LGBTfobia. Isso é necessário, porque essa população já chega na Unidade de Saúde muito machucada, por conta da discriminação e do preconceito, e muitas vezes evita entrar no Sistema Único de Saúde (SUS), o que tem um impacto direto na saúde desse grupo de pessoas”, afirmou Celso Cabral.
Além da capacitação dos profissionais da rede de saúde, Celso Cabral lembrou que a Semsa está em processo para instituir a Política Municipal de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Intersexo e Outras Expressões da Sexualidade (PMSI LGBTI+), no âmbito da APS no município de Manaus, que é um instrumento para gestão e segue as ações preconizadas no níveis estadual e nacional, apresentando diretrizes, objetivos geral e específicos.
“Com a base estabelecida na política municipal, Manaus vai instituir um plano de ação, estabelecer metas e indicadores de acompanhamento no Plano Municipal de Saúde (PMS). A capacitação dos profissionais faz parte desse processo, reforçando a oferta de serviços, de um tratamento digno e com equidade. A saúde é feita de condicionantes e determinantes de saúde, ou seja, as pessoas têm especificidades e necessidades diferentes em saúde. Precisamos trabalhar levando em conta essas diferenças para garantir o melhor atendimento na Atenção Primária, em termos de acesso e de qualidade de serviços”, destacou Celso Cabral.
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Texto – Eurivânia Galúcio/Semsa
Foto – Divulgação/Semsa
