Logo no início do novo mandato, o prefeito de Manaus, David Almeida, anunciou, nesta quinta-feira, 2/1, uma série de ações estratégicas para reforçar o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Durante coletiva de imprensa, o prefeito assinou o primeiro decreto desta gestão, que integra diversas secretarias municipais no esforço conjunto de prevenção, controle e conscientização da população.
O plano ganha um reforço significativo com a recente autorização judicial para que agentes de saúde possam acessar imóveis fechados, abandonados ou onde haja resistência dos proprietários para verificar possíveis criadouros do mosquito. A medida, válida por um ano, visa atender as demandas da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) para evitar a proliferação de doenças em bairros com índices críticos de infestação.
“Todas as forças governamentais do município estão unidas no combate ao Aedes aegypti. Precisamos do apoio da população para vencer essa batalha. O mosquito está dentro das casas e cada um de nós tem um papel essencial ao eliminar criadouros. Com a chegada das chuvas, o alerta vermelho foi aceso, e não podemos permitir que Manaus repita os números trágicos que o Brasil registrou em 2024”, destacou o prefeito David Almeida.
O decreto estabelece a participação de secretarias como Semsa, Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), Secretaria Municipal de Educação (Semed), Casa Civil, entre outras, em uma abordagem integrada que envolve desde ações de fiscalização até campanhas educativas.
Segundo Almeida, a meta é visitar e orientar a população em todas as regiões da cidade, especialmente os 11 bairros identificados como de alta vulnerabilidade pelo mais recente Mapa de Vulnerabilidade, conforme último Levantamento do Índice de Infestação por Aedes Aegypti (LIRAa).
A secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, reforçou a importância da educação e do envolvimento comunitário.
“Além da fiscalização, o nosso maior trabalho é a informação. Pedimos que cada pessoa faça um checklist rápido, olhe vasos de plantas, calhas, recipientes de água para pets e outros locais que possam acumular água. Orientem seus vizinhos, pois todos somos responsáveis por manter nossa cidade livre do Aedes”, afirma Shádia.
Autorização judicial: proteção à saúde pública
A prefeitura obteve, no último dia 28 de dezembro, o alvará de autorização judicial concedido pelo juiz Marcelo Manuel da Costa Vieira, permitindo a entrada de agentes de saúde em imóveis fechados ou abandonados. A medida, que segue a Lei Federal 13.301/2016, tem como foco principal os bairros críticos e garante a intensificação do trabalho preventivo.
De acordo com o levantamento mais recente, Manaus possui um índice de infestação predial de 1,8%, classificado como médio risco, mas o número de bairros em situação de alta vulnerabilidade acendeu o alerta: Tarumã, Redenção, São Jorge, entre outros.
Em 2024, foram notificados na capital 10.600 casos de dengue, com 2.636 confirmações e dois óbitos, além de registros de chikungunya e zika. O objetivo das novas ações é reduzir esses números e proteger a população ao longo do período chuvoso, que vai até maio.
Chamada à ação da população
O prefeito enfatizou o papel essencial da sociedade na eliminação de criadouros, especialmente nos domicílios, que concentram a maior parte das infestações. “Visitamos 27 mil residências e encontramos muitos locais que precisam de atenção básica, como baldes de água armazenada e pneus descartados. Precisamos agir agora, juntos, para evitar um surto em nossa cidade”, alertou David Almeida.
Com a união entre poder público e comunidade, a Prefeitura de Manaus busca garantir que 2025 seja um ano mais seguro e saudável para todos.
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Texto – Emanuelle Baires/Semcom
Fotos – Dhyeizo Lemos, Paula Pessoa e Divulgação/Semcom