Pioneiras da polícia Militar foram fundamentais na transformação da segurança pública brasileira. Em abril de 1980, a polícia Militar do Amazonas (PMAM) fez história ao criar a primeira turma de policiais femininas. Este marco representou não apenas uma mudança na corporação, mas também a abertura de um caminho para mulheres em uma área tradicionalmente dominada por homens.
O Amazonas se destacou tornando-se o terceiro estado a admitir mulheres na polícia Militar, atrás de São Paulo e Paraná. Com a disposição de apenas 32 vagas na turma inaugural, o ingresso das mulheres na PMAM foi um sinal claro de que novos tempos estavam a caminho, desafiando o preconceito e as normas sociais da época. As pioneiras da polícia Militar do Amazonas mostraram coragem e determinação, elementos cruciais que ajudaram a romper barreiras que pareciam intransponíveis.
Na liderança deste momento histórico estava o coronel Wilson Raizer, que designou o tenente Claumendes para supervisionar essa primeira turma. Claumendes se comprometeu a garantir que as formandas recebessem o mesmo treinamento rigoroso que os homens. Essa dedicação à igualdade foi vital para que as pioneiras da polícia Militar do Amazonas conseguissem se destacar e provar que eram tão competentes quantos seus colegas masculinos.
Após nove meses de uma formação rigorosa, essas mulheres se graduaram como 3º sargentos. Para Zeny Rebelo e Cleide Queiroz, ambas capitãs da reserva, a experiência na turma foi transformadora. Elas comentaram sobre a intensidade do treinamento militar e a necessidade de se adaptar a um ambiente que exigia disciplina e responsabilidade. Cleide recorda que, logo no início de suas carreiras, foram designadas para funções que envolviam ações sociais e segurança ostensiva, um conceito inovador na época.
Uma das primeiras e mais significativas missões das pioneiras foi garantir a segurança do Papa João Paulo II durante sua visita a Manaus. Este evento não apenas marcou o início de suas carreiras, mas também solidificou o respeito que elas conquistaram e que se tornaria parte integral de sua trajetória na polícia Militar.
As conquistas das pioneiras da polícia Militar do Amazonas não beneficiaram apenas aquelas mulheres; elas abriram portas para futuras gerações de mulheres policiais. Sandra Regina, que se destacou como a primeira mulher a alcançar o posto de coronel na PMAM, relembra os desafios que enfrentou para superar o preconceito e ganhar respeito. Foi uma luta contínua, mas sempre acompanhada do orgulho ao ver mulheres demonstrando suas habilidades e potencial nas mais diversas funções da corporação. Seu testemunho é uma poderosa exemplificação da persistência pela equidade de gênero nas forças de segurança.
Atualmente, a PMAM conta com aproximadamente 1,3 mil mulheres, muitas delas ocupando posições de destaque. O coronel PM Klinger Paiva, atual comandante-geral, destaca que o impacto das pioneiras de 1980 é visível nas gerações atuais, onde cada vez mais mulheres estão sendo recrutadas e treinadas para assumir papéis de liderança. Esta evolução no recrutamento feminino é um tributo ao legado das pioneiras da polícia Militar do Amazonas, que pavimentaram o caminho para que hoje as mulheres possam ocupar funções antes restritas ao sexo masculino.
As histórias das pioneiras são verdadeiras fontes de inspiração, encorajando novas gerações de mulheres a se juntarem à polícia. Elas provaram que, apesar dos desafios enfrentados, é possível romper barreiras e afirmar-se com respeito e igualdade na segurança pública. O legado das pioneiras da polícia Militar do Amazonas continua a viver, motivando mulheres a sonhar alto e acreditar que podem alcançar todos os seus objetivos, não importa o quão ambiciosos sejam.
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