perfís genéticos forenses são essenciais na identificação de indivíduos. O Amazonas se destaca nessa área com o Laboratório de Genética Forense, vinculado à Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), que tem alcançado resultados impressionantes nos últimos três anos. Este laboratório já identificou 138 restos mortais utilizando exames de DNA, revelando a eficácia e importância de seu trabalho em nível nacional.
Atualmente, o Amazonas ocupa a terceira posição no ranking nacional em inserção de perfis no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG). A gerente do Laboratório, perita Daniela Koshikene, destacou que a unidade tem armazenado mais de 1,4 mil perfis genéticos. Isso reflete a eficiência nas investigações realizadas pelo laboratório. “Isso demonstra que o laboratório tem conseguido, ao longo do tempo, processar e trabalhar com eficácia em exames para identificar pessoas desaparecidas. Temos uma quantidade significativa de casos, o que nos permite alcançar maior efetividade na identificação dessas pessoas”, explicou Koshikene. Este esforço é fundamental para devolver a dignidade e a resposta a famílias que ansiavam por notícias de seus entes desaparecidos.
Nos primeiros nove meses deste ano, o laboratório já resultou na identificação de 29 corpos. Esta contribuição não apenas ajuda a resolver casos específicos, mas também gera um impacto emocional positivo nas famílias, permitindo que elas possam fechar ciclos dolorosos de busca. A identificação de um corpo traz paz e possibilita que as famílias enfrentem o luto de maneira mais serena.
Um dos diferenciais do Laboratório de Genética Forense do Amazonas é o uso de equipamentos de alta tecnologia. O laboratório possui sistemas automatizados para extração e amplificação de DNA, além de plataformas modernas que facilitam o processamento de um grande volume de amostras em menos tempo. “Todos os equipamentos, tecnologias, insumos e reagentes utilizados para a identificação humana são padronizados a nível internacional. Portanto, o laboratório está equipado com as tecnologias mais modernas e atuais, assim como os protocolos adequados para essas finalidades”, destacou Koshikene.
A metodologia para o exame de DNA no laboratório é minuciosa e detalhada, permitindo a identificação de corpos e restos mortais em diversos estados de decomposição. “Dos familiares, coletamos uma gotinha de sangue e, assim, obtemos o perfil genético deles. Quanto às pessoas de identidade desconhecida, o material PODE ser sangue, cartilagem do joelho, fragmento de músculo, ossos ou dentes, dependendo do estado de conservação do corpo. A partir de qualquer material preservado, conseguimos fazer a comparação com os perfis dos familiares”, destacou Koshikene. Isso evidencia que o Laboratório de Genética Forense do Amazonas não está apenas conduzindo pesquisas, mas está realizando um trabalho que transforma a vida de muitas pessoas.
A relevância desses avanços na genética forense é inegável. Eles não apenas aprimoram as práticas para a resolução de crimes, mas também oferecem esperança real para aqueles que buscam respostas duradouras. O Amazonas, ao se destacar na produção de perfis genéticos forenses, demonstra que a ciência e a tecnologia podem ser aliadas valiosas na busca pela justiça e pela verdade. Em suma, os perfis genéticos forenses não só ajudam a elucidar mistérios, mas também resgatam histórias pessoais e familiares que precisam de um fechamento digno.