O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima expressa indignação e repúdio ao brutal assassinato de Maria Bernadete Pacífico Moreira, liderança quilombola e dos povos tradicionais de matriz africana. Mãe Bernadete foi incansável na defesa dos direitos das comunidades negras rurais quilombolas e na busca por justiça social e ambiental.
O assassinato a tiros em sua casa em Simões Filho (BA), região metropolitana de Salvador, escancara a violência contra mulheres negras e lideranças na vanguarda pela implementação de políticas para construção de um país justo e mais democrático.
Mãe Bernadete era da Coordenação Nacional de Articulação de Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) e foi secretária de Políticas de promoção da igualdade Racial em Simões Filho. Após o assassinato de seu filho Binho do Quilombo, em 2017, permaneceu intransigente na busca por justiça.
O MMA une-se aos demais órgãos do governo federal na busca por justiça e pela construção de ações imediatas para pôr fim a assassinatos e ameaças contra lideranças que lutam por direito ao território, combate ao racismo e justiça socioambiental. A resolução do crime deve ser célere e os responsáveis, identificados e punidos segundo a Lei.
A ministra Marina Silva, que integra o Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT), e a secretária de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável, Edel Moraes, se somam à ação conjunta com demais ministros em diligência ao território Pitanga dos Palmares na busca por providências urgentes.
O MMA expressa seus mais sinceros sentimentos à comunidade quilombola, aos parentes e amigos de Mãe Bernadete aos integrantes da CONAQ. Que a memória das realizações de Mãe Bernadete traga conforto e que sua luta incansável continue a inspirar o trabalho pela justiça e pela igualdade no país.
Nota oficial sobre o assassinato de Maria Bernadete Pacífico Moreira
