O Dia Mundial de Combate a Diabetes é comemorado neste sábado (14/11) e tem como objetivo promover a prevenção e conscientização dos problemas de saúde provocados pela doença que, se não tratada corretamente na Atenção Básica, impacta fortemente na rede de assistência de média e alta complexidade.
De acordo com o Atlas do Diabetes de 2019, documento produzido a cada dois anos pela Federação Internacional do Diabetes (IDF), que mapeia a dimensão da síndrome em 138 países, atualmente, existem mais de 16,7 milhões de brasileiros com diabetes.
A atenção primária da rede municipal de saúde é responsável pelas ações de conscientização e prevenção das síndromes, com o apoio da rede estadual de saúde, que oferece atenção especializada.
O diabetes é uma síndrome causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, cuja a função é quebrar as moléculas de glicose. O tipo 1 da síndrome, no qual o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, é comumente observado na infância e adolescência, com potencial hereditário.
No tipo 2, as células são resistentes à ação da insulina, com maior incidência em pessoas adultas. Entretanto, com o crescimento da obesidade infantil, é comumente visto crianças com diagnóstico de diabetes tipo 2, que está associado ao sedentarismo, à obesidade e à má alimentação.
Prevenção essencial – A nutricionista da Coordenação Estadual de Alimentação e Nutrição do Departamento de Atenção Básica e Ações Estratégicas (Dabe), Daíse Cunha, alerta para a importância das ações de prevenção a fim de se evitar a doença no futuro.
“Pessoas jovens, normalmente, comem muita comida industrializada, fast food, frituras, então prevenir agora é para que no futuro não seja um adulto ou um idoso diabético, pois a diabetes não tem cura, apenas controle”, disse.
Consequências da doença – Um dos problemas mais comuns ocasionados pela diabetes é o Pé Diabético, uma série de alterações, como infecções ou problemas de circulação, que pode ocorrer nos pés de pessoas com diabetes não controlado. Em casos mais graves, o problema leva à amputação dos membros.
A SES-AM mantém, desde 2014, o programa do Pé Diabético. Em 2019 foram realizadas 40.283 admissões de pé-diabético nas cinco policlínicas de referência do programa: Danilo Corrêa, Codajás, Gilberto Mestrinho, Zeno Lanzini e José Lins.
O atendimento na rede estadual também é feito pelos prontos-socorros Platão Araújo e 28 de Agosto. Em 2019, foram 1.202 internações nas duas unidades. São atendidos, em média, 50 pacientes por mês em cada unidade, sendo realizadas 753 amputações nos dois HPS de referência.
Com isso, a alta demanda de pacientes com lesões graves nos prontos-socorros acaba gerando sobrecarga na ocupação de leitos. Em virtude dessa alta ocupação, a SES-AM iniciou no final do mês de outubro um trabalho de desospitalização desses pacientes, com a transferência para o Hospital Geraldo da Rocha, onde são realizados procedimentos vasculares de baixa complexidade e posteriormente alta, para diminuir a pressão na rede de urgência e emergência.