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Por Agência Amazonas
Em parceria com a Fundação Hospitalar Alfredo da Matta, ação combina metodologia utilizada no diagnóstico de tuberculose
FOTO: Roberto Carlos/SecomFortalecendo a vigilância para casos de hanseníase no Amazonas, o Governo do Estado, por meio do Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM), da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), em parceria com a Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), realiza capacitação para sete técnicos que atuam no setor. O objetivo é combinar o fluxo de monitoramento de qualidade utilizado na vigilância de outras doenças e preparar os profissionais para otimizar os serviços em municípios do interior.
O curso para microscopistas do Lacen-AM iniciou na segunda-feira (07/02) e seguirá até o dia 15 de fevereiro, estruturado em formato à distância. O laboratório, coordenado pela Fundação de Vigilância em Saúde Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), é responsável pela vigilância laboratorial com análises de produtos, da água e do ambiente, com o intuito de garantir mais qualidade e saúde para a sociedade.
De acordo com a gerente de diagnóstico de Endemias do Lacen-AM/FVS-RCP, Ana Ruth Arcanjo, a importância da capacitação é manter a qualidade de diagnóstico oferecido pelos laboratórios, principalmente no interior do estado. Ela cita que, além da tuberculose e hanseníase, outras doenças como malária, leishmaniose e Doença de Chagas também são monitoradas pelas equipes do Lacen-AM.
“A metodologia é muito parecida. A proposta neste ano é trazer esse agravo, a hanseníase, para agregar junto à tuberculose, os mesmos profissionais que realizam diagnóstico de tuberculose são profissionais que realizam o da hanseníase. Com isso, a gente otimiza, agregando na capacitação desses agravos e inclusive desses profissionais”, destacou.
Capacitação
A capacitação do corpo técnico é realizada em parceria com a Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham). As sete microscopistas receberão a capacitação com abordagens clínicas e laboratoriais da hanseníase. Além disso, no treinamento, as profissionais acompanharão a rotina de diagnóstico dentro da unidade de saúde, conhecendo de perto as características da doença em pacientes.
O facilitador do curso e responsável pelo laboratório de Micobacteriologia da Fuham, Ewerton Sales, explica que, durante a capacitação, as profissionais têm acesso a uma ferramenta digital para análise de lâminas de hanseníase sem o uso do microscópio, tornando a baciloscopia (exame microscópico) mais eficaz. Sales afirma que o procedimento é pouco utilizado em outros estados; e o Amazonas vem garantindo a execução do método para a vigilância.
“Podemos dizer, com orgulho, que o Amazonas é um dos estados que mais faz baciloscopia nos municípios, graças à Fundação Alfredo da Matta e ao Lacen. Com esse treinamento nós vamos ampliar esse serviço no interior, dando apoio aos médicos para que eles possam concluir seus diagnósticos”, explicou o facilitador, acrescentando que a baciloscopia é essencial para a escolha do tratamento.
Conforme a Fuham, estados como Rondônia e Roraima já receberam a capacitação, que deverá ser expandida para os estados do Tocantins, Pará e Amapá.
Para a microscopista do Lacen-AM, Marina Patrício, a possibilidade de repassar as técnicas para profissionais de outros municípios deve aperfeiçoar a vigilância, principalmente, em áreas mais afastadas da capital.
“Dentro do conhecimento é importante, porque o Lacen-AM, junto aos municípios, vai repassar o que estamos aprendendo para os outros profissionais que estão lá na ponta. Devido à distância, à logística, alguns municípios não têm essa facilidade que temos aqui; e com esse curso vamos poder mostrar o que a gente obteve e ajudar”, disse Marina.