FOTOS: DivulgaçãoNo mês de conscientização sobre a escoliose, Junho Verde, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) alerta para o diagnóstico precoce da deformidade ainda na infância, sintomas e tratamento. A ortopedista Ádria Bentes, que atua na Policlínica Antônio Aleixo, da SES-AM, esclarece sobre o tipo mais comum de escoliose e quais métodos podem auxiliar na reabilitação dos pacientes.
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Por Agência Amazonas
Mês é dedicado à conscientização sobre tratamento da deformidade na coluna vertebral
A ortopedista Ádria Bentes. FOTOS: DivulgaçãoSegundo a ortopedista, existem alguns tipos de escoliose, como a congênita, neuromuscular e idiopática. A de maior incidência é a escoliose idiopática, na qual não é possível determinar a origem do desvio da coluna, sendo muito comum na faixa etária entre os 10 e 15 anos. Por ser em uma fase inicial da vida, a ortopedista alerta para a observação que deve ser feita por parte de familiares, professores e pessoas próximas à criança ou adolescente.
De acordo com a especialista, a escoliose é uma deformidade lateral da coluna vertebral maior que dez graus, que afeta crianças, adolescentes e adultos. “Oitenta por cento ocorre na faixa etária dos 10 aos 15 anos, que são crianças na fase escolar e crianças que estão em uma fase de estirão de crescimento, em que o crescimento é muito rápido. Com isso podemos notar o aparecimento da deformidade, assim como a deformidade pode ser agravada”, explica.
Sinais
O diagnóstico precoce é essencial para que o tratamento seja feito o quanto antes, evitando o agravamento, especialmente na fase de crescimento de crianças e adolescentes. O Teste de Adams é um procedimento simples que pode ser feito para verificar se há uma deformidade na coluna, conforme explica a ortopedista.
“É muito importante que os pais, familiares, inclusive os professores, fiquem atentos a essas crianças, porque é fundamental um diagnóstico precoce para que a gente possa iniciar um tratamento eficaz, e com isso até evitar cirurgias no futuro. Os pais, principalmente, têm que prestar atenção se na coluna da criança tem alguma deformidade lateral nos troncos, se tem alguma perda de altura dos ombros”, ressalta.
Tratamento
Se a avaliação não for realizada no período inicial, a angulação da deformidade pode aumentar para o nível grave, causando dificuldade para respirar e limitação funcional nos pacientes. A escoliose é dividida em leve, moderada e grave. Dependendo do tipo, o tratamento muda, sendo indicado fisioterapia, colete e cirurgia.
“É um teste bem simples em que a criança se inclina para frente com os joelhos retos, e observamos se existe alguma diferença de altura nas costas. Se observar alguma dessas alterações, é necessário que procure o quanto antes ajuda e orientação médica”, disse Ádria.
Assistência
Para o início do tratamento e o diagnóstico no Sistema Único de Saúde (SUS), é necessário que o usuário possua um encaminhamento de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou da rede estadual de saúde para que seja direcionado ao especialista.
“A leve seria aquela angulação de 10º a 20º. Nessa angulação a gente pode tratar com atividade de reabilitação, que seria a fisioterapia de alongamento e fortalecimento, e associar a atividade física. Já a moderada, que seria de 20º a 40º, pode ser associada ao colete, dependendo de cada caso, e ao mesmo tempo relacionar a reabilitação com fisioterapia de fortalecimento e alongamento. Acima de 40º, já entramos naquela graduação que o tratamento é cirúrgico”, esclarece.
O profissional indicado para o tratamento da escoliose é o ortopedista, que pode também encaminhar o paciente para acompanhamento com outros profissionais, como fisioterapeutas.