ilhática amazônica é uma proposta inovadora no cenário da arte contemporânea, que reúne obras de mais de 50 artistas visuais do Amazonas. Esta exposição coletiva, aberta na Galeria do Largo, proporciona uma imersão profunda e crítica no vasto território amazônico. A diversidade cultural da arte amazônica se destaca por abordar múltiplas influências, incluindo as tradições indígenas, africanas e europeias, que juntas moldam a identidade rica e singular da região.
A curadoria da exposição, realizada por Cristovão Coutinho e Virna Lisi, se alicerça no conceito de ‘ilhaticidade’, um termo que simboliza o isolamento geográfico e simbólico da Amazônia. Este conceito é fundamental para entender a criatividade que emerge desse aparente distanciamento. O público é convidado a explorar uma variedade de técnicas artísticas, que vão desde pintura e colagem até fotografia, instalação e arte digital. Dessa forma, a exposição se apresenta como um verdadeiro mosaico de estilos e discursos, todos celebrando a riqueza da Amazônia contemporânea.
O compromisso da Galeria do Largo em valorizar a identidade cultural amazônica é evidente nesta mostra. Neste espaço, que completou 20 anos de atuação, a arte se transforma em um pilar essencial para a difusão cultural no Norte do Brasil. A galeria reafirma a importância de dar voz a todos os aspectos da sociedade, promovendo um futuro mais justo e equitativo. Coutinho, um dos curadores, ressalta que a ilhática amazônica é um convite para revisitar conceitos como território, pertencimento e resistência, temas intrínsecos à produção artística da região.
As obras expostas na ilhática amazônica não nos fazem apenas refletir sobre a distância geográfica, mas também sobre como a arte PODE atuar como um agente de transformação social. A exposição sugere um caminho que é colaborativo e inclusivo, valorizando tanto os saberes ancestrais dos povos que habitam a Amazônia quanto as novas possibilidades de convivência harmônica entre ser humano e natureza. Ao resgatar práticas artísticas tradicionais, a mostra também cria espaço para novas interpretações e adaptações da arte moderna à realidade amazônica, ampliando assim o diálogo cultural.
Virna Lisi destaca que o isolamento não deve ser visto como uma barreira, mas como um componente que enriquece a estética amazônida, que se caracteriza por ser resiliente, híbrida e indomável. Essa singularidade da produção artística local é fundamental para compreender como ela se desenvolve entre estradas, rios e florestas. A ilhática amazônica é mais do que uma exposição; é uma celebração que destaca a luta e a resistência dos artistas amazônicos ao longo de duas décadas.
Ao divulgar a ilhática amazônica, a Galeria do Largo não só honra seu legado, mas também se estabelece como um farol, iluminando o caminho dos futuros artistas da região. Este espaço representa um local onde a arte não é apenas exibida, mas também cultivada, trazendo à tona questões sociais, ambientais e identitárias que afetam a Amazônia e seus habitantes. A exposição serve como um manifesto pela arte que se faz na Amazônia, convidando todos a participar desta conversa sobre a rica e complexa identidade cultural brasileira.
Portanto, a ilhática amazônica não é apenas uma exibição, mas um marco que celebra 20 anos de resistência e luta dos artistas amazônicos. É uma oportunidade imperdível para que o público interaja com obras que estabelecem um diálogo não somente com o passado, mas também com o presente e o futuro da arte na Amazônia.
Venha conhecer a ilhática amazônica e embarcar em uma imersão que promete enriquecer sua percepção sobre as múltiplas linguagens artísticas que emergem deste território insular e único.


