A greve dos professores da rede pública estadual e a operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), em Borba, foram destaque na Sessão Plenária, desta terça-feira (23), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
A paralisação dos educadores, que entra em sua segunda semana, foi mantida após reunião do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) com os profissionais, na última segunda-feira (22). Eles rejeitaram a proposta do governo do estado, que ofereceu 8% de reajuste salarial, pois a categoria exige 25%.
O deputado Wilker Barreto (Cidadania) apoiou a decisão dos professores, informando que desde o dia 8 de março deste ano os representantes dos profissionais da educação haviam apresentado proposta ao Executivo Estadual, tentando iniciar as negociações, porém, sem sucesso, segundo Barreto. “É preciso manter o diálogo aberto, e não o governo dizer que só conversa se encerrar o estado de greve”, disse o deputado, pedindo que a reunião agendada para a próxima quinta-feira (25), com representantes do governo e os professores, seja mantida.
Borba
A operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), nesta manhã no município de Borba (151 quilômetros distante da capital) foi repercutida pelos deputados Alessandra Campêlo (PSC) e Sinésio Campos (PT) em seus pronunciamentos durante o Grande Expediente.
Segundo Campêlo, o Gaeco está na cidade cumprindo 11 mandados de prisão preventiva, incluindo o prefeito Simão Peixoto, sua esposa, secretários municipais e empresários daquele município. A operação investiga possíveis desvios de dinheiro público na prefeitura. Além dos mandados de prisão, os agentes cumprem ainda 28 mandados de busca domiciliar, 28 mandados de busca pessoal e 28 mandados de busca veicular, totalizando 95 medidas cautelares.
“Eu sinto muito pela população de Borba, que é a grande prejudicada com a atual administração”, disse a parlamentar, desejando que no caso de serem encontradas irregularidades os envolvidos sejam punidos. O mesmo desejo foi compartilhado pelo deputado Sinésio Campos, que também se pronunciou sobre a ação do MP-AM.