Por Agência Amazonas
Com entrada gratuita, mostras coletivas contemplam fotografias e pinturas de artistas amazonenses
No mês de novembro, a agenda de exposições promovida pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, entra em cartaz no circuito de exibição na capital. Ao todo, são dez mostras, com obras inéditas e entrada gratuita, em quatro espaços culturais do estado. As exposições são, majoritariamente, coletivas e fornecem maior visibilidade aos artistas locais.
De acordo com o secretário em exercício, Candido Jeremias, as exposições ocupam os espaços culturais para estimular o olhar artístico de cada indivíduo. “A programação é diversificada e visa estimular e movimentar a área cultural e artística do nosso estado. Com essas exposições, o público prestigia o talento dos artistas da nossa terra e traz esse olhar apurado ao Amazonas”, disse o secretário.
A produtora da Central de Exposições da Secretaria de Cultura, Aline Alexandrina, conta que as mostras apresentam obras de diferentes linguagens e conceitos. “Procuramos sempre incentivar a produção de exposições para gerar oportunidades de expor o trabalho dos artistas”, relata Aline. “Trazer essas mostras aos nossos espaços tem esses pontos positivos, além de deixar o público visitante a par do que acontece no cenário regional”.
A programação nos espaços culturais pode ser conferida a seguir:
PALACETE PROVINCIAL
• Exposição “Verde Amazonas”
Local: Sala Jozé Bernardo Michilles, Galeria Manoel Santiago e jardins
Período: de 5 de novembro de 2022 a 29 de janeiro de 2023
Reunindo mais de 26 artistas, a mostra apresenta o conceito do habitat e visual do Amazonas, com suas nuances geográficas, cores em diversos ângulos da arte contemporânea no Amazonas. É uma exposição com artistas visuais, performática e sonora, com curadoria de Jair Jacqmont.
• Exposição de peças em marcenaria
Local: Corredor do piso superior do Palacete Provincial
Data: 12 de novembro
Exibição organizada e realizada pelos responsáveis do curso de Marcenaria Básica e Economia Criativa do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro
• Exposição fotográfica “Numisma e Monetiformes”
Local: Corredor do piso superior
Período: de 30 de novembro a 30 de dezembro
Seleção de registros e participantes pela curadora e também fotógrafa Mariana Rebouças, em alusão ao aniversário dos 122 anos do Museu Bernardo Ramos, comemorado no dia 30 de novembro. O museu traz em seu acervo mais 35 mil peças, entre moedas, medalhas, cédulas, condecorações, selos, cartões-postais.
CENTRO CULTURAL PALÁCIO RIO NEGRO
• Exposição “Fluxos de Mim”
Período: de 20 de novembro de 2022 a fevereiro de 2023
Sob curadoria de Turenko Beça, essa é a primeira mostra individual da acadêmica de Artes Visuais da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que iniciou seus estudos nas Artes Visuais com Bjarne Furtado. A exposição traz obras em lambe de média dimensão que trazem em comum autorretratos da artista, numa busca dessas visões de natureza euro e “usacêntricas”, presentes na contemporaneidade, ainda enraizado em seu cotidiano.
LARGO DE SÃO SEBASTIÃO
• Exposição coletiva fotográfica “Sonhos de uma Belle Époque”
Período: em cartaz até o dia 27 de novembro
Com curadoria de Jandr Reis, a mostra fotográfica em comemoração aos 353 anos da cidade de Manaus reúne 15 fotógrafos premiados, que compartilham suas visões por meio de registros que evocam a temática Belle Époque. A mostra permitiu que cada profissional dedicasse seu olhar artístico a cada edificação, espaço ou paisagem de Manaus.
CENTRO DE ARTES VISUAIS GALERIA DO LARGO
• Exposição coletiva “AmazonasDiverso”
Período: em cartaz
Exposições como as da Pinacoteca, das Zonartes e dos Salões Plástica Amazônia dos anos de 1998 e 1999 serão apresentadas. Artistas da geração da década de 1990, que começou a expor na Biblioteca Pública, onde ficava a Pinacoteca, e em espaços como o Claudio Santoro e o Ludiarte, do Sesc no Amazonas Shopping, se encontram. A geração dos anos 2000, de egressos do Liceu Claudio Santoro e do curso de Artes da Ufam, também marcam presença, na tentativa de se realizar uma abordagem contemporânea da cidade, da Amazônia e da “Amazonicidade”.
• Exposição “Yurupari 2022”
Período: a partir de 11 de novembro de 2022
Com curadoria de Denilson Baniwa, “Yurupari 2022” enfoca duas entidades importantes na proteção das florestas e biodiversidade, o Jurupari e a Kipaé. O Jurupari, na forma do grande líder anticolonial Cunhambebe, e a Kipaé, na forma de arauto antiextinção humana. A mostra é uma ode aos conhecimentos indígenas que podem nos ensinar a como viver num mundo em declínio.
• Exposição “Bisignólio”
Período: a partir de 11 de novembro de 2022
A arte de Helen Rossy representada nesta mostra chamada “Bisignólio” é um poema, retirado das “árvores nupciais”, que ganha nova vida através de suas mãos habilidosas em arrebatar dos “troncos mortos”. Na exibição, com curadoria de Cléia Viana, estão esculturas que povoam o imaginário de uma artista apaixonada pela natureza que a circunda e que, como profunda observadora dos ciclos dos rios, desde sempre deixou que as águas guiassem sua vida. Como todo poema revela sua criação, “Bisignólio” é o nome que pauta a criação da artista, cujo significado curiosamente está materializado nas formas dos “seres” desta coleção.
• Exposição coletiva “Mediações – 6ª edição”
Período: a partir de 16 de novembro de 2022
A mostra dá continuidade ao projeto conceitual do ateliê e laboratório Espaço Mediações com a participação de jovens artistas e propostas em artes visuais na contemporaneidade, com diálogos construtivos e críticos com os mediadores.
• Exposição “Beiradão em Brasa”
Período: a partir de 25 de novembro de 2022
A proposta do projeto “Beiradão em Brasa”, com curadoria de Cristóvão Coutinho, foi pautada na ideia de trazer fragmentos e recortes fotográficos do lugar mais movimentado e importante da cidade, na visão dos artistas. São 15 fotografias em pesquisa de imagens entre os anos 2000 e 2002, com suas íntimas cores expostas numa instalação que impulsiona a uma imersão memorial e propositiva de aproximações entre o indivíduo e a cultura do gesto, da produção, da terra, dos peixes e das viagens amazônicas, o ir e vir natural e seus costumes, na chegada e partida em meio rítmico atemporal.