Por Agência Amazonas
Documento foi entregue ao presidente eleito nesta quarta-feira (16/11)
O governador Wilson Lima destacou que o combate à pobreza é uma das prioridades da carta dos governadores pela Amazônia, entregue ao presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (16/11). O documento, que reúne pleitos e compromissos relacionados à conservação do meio ambiente, foi entregue em Sharm el-Sheikh, no Egito, durante painel de economia sustentável na 27ª edição da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27).
Representando os governadores que integram o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, o governador do Pará, Helder Barbalho, repassou ao novo presidente do Brasil a carta assinada pelos nove governadores que integram o consórcio, reafirmando comprometimento e espírito de cooperação em favor do desenvolvimento sustentável da região.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, assinou a carta e ressaltou que o documento reforça pleitos importantes no progresso das políticas públicas ambientais.
“Pleitos que a gente já vem, há algum tempo colocando, como a questão da regularização fundiária, da bioeconomia, do Cadastro Ambiental Rural e, sobretudo, garantir que todos os avanços que forem feitos, nesse sentido de proteção das nossas florestas e recursos naturais, estejam condicionados à redução da pobreza. Disso nós não abrimos mão”, destacou Wilson Lima.
O governador enfatizou que a geração de oportunidades e a preservação do homem da floresta são prioridades.
“A gente faz isso no momento em que gera oportunidades para essas pessoas, gera emprego, renda. A pauta ambiental não se restringe apenas a controle e comando. Não adianta montar uma megaestrutura de fiscalização, porque isso tem um limite. Acima de qualquer coisa há um instinto de sobrevivência do cidadão. Eu não abro mão da redução da pobreza e da oportunidade para essas pessoas”, pontuou Wilson Lima.
Em um dos trechos do documento, os governadores ressaltam que a saída para a adequação da economia brasileira após a pandemia passa, necessariamente, pela Amazônia.
“Não poderá haver um Brasil verdadeiramente desenvolvido, convivendo com uma Amazônia cuja maioria da população permaneça em condições que afrontam a sua dignidade, pela falta de saneamento, pela desnutrição e pelas carências nas áreas de saúde, educação e infraestrutura. Um Brasil desenvolvido passa, necessariamente, por uma Amazônia viva, pulsante e conservada”, diz a carta.