Na abertura da reunião, o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, explicou os objetivos do ZFPA, o planejamento de expansão e destacou a importância do efeito das visitas às fábricas. “Nós temos tido o privilégio de, periodicamente, visitar as fábricas. É muito gratificante ver a alegria dos trabalhadores, a concentração como desempenham suas funções, os cuidados de segurança observados. É muito bom ver também a coragem dos empreendedores. Ver como investem em maquinários, tecnologias de ponta. Conversar com eles e descobrir coisas que não saberíamos se ficássemos nos gabinetes. Visitar uma fábrica é uma experiência que precisa ser vivenciada. Por isso, agradecemos a boa vontade das empresas que já participam e das que vão passar a participar desse programa tão importante para mostrar a excelência com que são fabricados os produtos do nosso parque industrial”, explicou Saraiva.
Em seguida, a servidora da coordenação de Estudos Econômicos e Empresariais da Suframa, Rosângela Alanís, realizou uma apresentação formal do ZFPA, analisando os fatores elencado a partir de pesquisas de satisfação com os visitantes, bem como as etapas necessárias para a manutenção e adesão ao programa. “As pesquisas mostram que o tempo ideal de visita é de até duas horas e dez minutos. É importante ter, pelo menos, uma área da fábrica em que os visitantes possam fotografar. Também é recomendável que, além de explicar a filosofia da empresa, os projetos sociais e ambientais e mostrar os processos produtivos, também haja na visita alguma experiência sensorial. A Caloi, por exemplo, permite que os visitantes experimentem pedalar em alguns modelos”, salientou.
Orgulho e encanto
Representantes das empresas e institutos de PD&I manifestaram o interesse em aderir ao programa, destacando que as visitas oferecem oportunidades de mostrar o que realizam, facilitar a aproximação com a comunidade e também divulgar e promover a marca de suas instituições.
Alguns dos que já participam do ZFPA salientaram os efeitos benéficos da participação. “Antigamente, havia objeções sobre a conveniência das visitas às fábricas por temor de que os funcionários se distraíssem e houvesse redução na produção. O que ocorre é o contrário. As visitas têm efeito positivo e benéfico. Os colaboradores se enchem de orgulho de mostrar o que fazem. Muda a dinâmica e o astral da fábrica nos dias de visita”, afirma o executivo de Relações Institucionais da Yamaha, Tiago Muzilli.
A gerente de Comunicação e recursos humanos da Samsung, Carolina Paese, frisou que o programa se adequa aos objetivos estratégicos da multinacional e relatou os resultados de algumas visitas promovidas entre parentes de funcionários. “É maravilhoso ver o encanto nos olhos dos visitantes e o despertar de vocações. Já ouvi filhos de funcionários depois de verem os robôs e as tecnologias utilizadas dizendo para seus familiares: ‘mãe, eu quero um dia trabalhar aqui. Pai, já sei agora com o que eu quero trabalhar’”, detalhou.
A participação no Programa ZFPA será organizada mediante um calendário de visitas guiadas para o ano de 2024, com o propósito de apresentar à sociedade as instalações fabris e os resultados positivos do modelo Zona Franca de Manaus. Neste ano, serão atendidas solicitações feitas por instituições de ensino e pesquisa, entidades de classe, associações empresariais ou agências de turismo interessados em conhecer o processo produtivo no ambiente do Polo Industrial de Manaus.