Em entrevista para TV Globo, Globo News e Record TV, vereador cobrou divulgação de informações relativas à viagem internacional do prefeito e comitiva, via requerimento, mas ainda não foi respondido
O vereador Amom Mandel (Cidadania) cobrou, mais uma vez, transparência da Prefeitura de Manaus. O parlamentar destacou que além das informações sobre a recente viagem a Barcelona, também não foi divulgado sobre outra viagem do prefeito, desta vez a Paris, para outra maratona, realizada em abril deste ano. Amom concedeu entrevistas para TV Globo, Globo News, G1 e Record TV, que repercutiram o assunto nacionalmente.
“Nós queremos saber quanto foi pago referente às diárias, passagens aéreas, agentes públicos. São valores que já foram gastos e ainda assim a Prefeitura tem se recusado a fornecer essas informações com a justificativa de que a totalidade dos gastos da viagem ainda não foi computada. Há aproximadamente um mês foi revelado que ele participou da maratona de Paris, porém esses gastos com a maratona não foram integralmente divulgados no Portal da Transparência, apesar de o prazo estabelecido já ter sido ultrapassado”, disse o vereador.
As informações referentes à viagem a Barcelona na última semana ainda não foram divulgadas nos meios oficiais, mas segundo a própria Prefeitura, pelo menos R$ 100 mil foram usados dos cofres públicos. Amom protocolou um requerimento legislativo na Câmara Municipal de Manaus (CMM), aprovado em sessão plenária na última quarta-feira (11/05).
O vereador criticou a falta de fiscalização dos outros parlamentares da Casa Legislativa de Manaus e afirmou que o parlamento municipal tem se enfraquecido cada vez mais. “O prefeito tem ampla maioria na Câmara Municipal de Manaus e tem filiado cada vez mais vereadores ao partido dele. Infelizmente, quando isso acontece é um sintoma do enfraquecimento do Poder Legislativo em detrimento do Poder Executivo”, disse.
Amom afirmou que os gastos divulgados até o momento seriam suficientes para custear passagens aéreas de atletas profissionais locais. “A Prefeitura utiliza o argumento de que essa não é uma das atribuições primordiais, ao contrário do Governo do Estado, pela Fundação de Alto Rendimento. Então, por que o prefeito teve esse privilégio?”.
Texto: Déborah Arruda
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