A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) apreendeu aproximadamente 80 quilos de manga em Parintins (distante 369 quilômetros de Manaus). O material foi destruído na última quarta-feira (04/11), após cumprimento de protocolo de vigilância contra a mosca-da-carambola, praga ausente no estado.
A carga, que estava armazenada em seis caixas, pertencia ao passageiro de um barco que havia saído de Santarém (PA), com destino a Manaus, no dia 28 de outubro. Os frutos foram identificados em fiscalização de rotina que a Adaf realiza em Parintins, município que é ponto estratégico para as ações de prevenção à mosca-da-carambola, devido à proximidade com o Pará, onde há incidência comprovada da praga.
De acordo com a fiscal agropecuária e engenheira agrônoma, Valéria Ferreira, alguns sintomas identificados nas mangas levantaram a suspeita sobre a presença de mosca-da-carambola e, por esse motivo, a carga apreendida foi mantida por oito dias em sacos de alta densidade, antes da destruição. “Caso o material realmente estivesse contaminado, a mosca-da-carambola iria completar seu ciclo de vida dentro desse período e o risco seria afastado”, explicou.
A manga é um dos cerca de 30 frutos hospedeiros da mosca-da-carambola, e por isso tem restrição de trânsito. “É importante que a população não transporte nem comercialize frutos hospedeiros para o Amazonas sem prévia autorização do Estado de ocorrência da praga”, alerta Valéria.
Sem riscos à saúde das pessoas, a praga é uma grave ameaça à economia do país e está presente no Pará, Amapá e Roraima. O trabalho de fiscalização desenvolvido pela Adaf é fundamental para barrar a entrada da mosca-da-carambola no Amazonas e sua possível expansão para outros estados, o que poderia gerar prejuízos de US$ 30 milhões à fruticultura brasileira em um ano, segundo estimativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A mosca-da-carambola tem 8mm de comprimento, tem a parte superior do tórax de cor escura e o abdome amarelo, com listras pretas que se encontram formando um “T”. Qualquer suspeita sobre a existência da praga deve ser imediatamente comunicada aos órgãos responsáveis. Informações e denúncias podem ser reportadas à Gerência de Defesa Vegetal (GDV) da Adaf pelos telefones (92) 99390-1750 e 99292-0692.