Indivíduo e uma mulher foram flagranteados por falsificação de documento público
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da 31ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus), cumpriu, na manhã de quarta-feira (26/10), mandado de prisão preventiva em nome de Cesar Luiz Velho, de 58 anos, por homicídio qualificado de sua ex-companheira, ocorrido no dia 31 de agosto de 2017, na cidade de Estância Velha, no estado do Rio Grande do Sul.
De acordo com o delegado Raul Augusto Neto, titular da unidade policial, o homem estava na lista de procurados pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), e o cumprimento da decisão judicial ocorreu após o infrator e uma mulher identificada como Ângela Maria Cardoso Brito, 57, serem autuados em flagrante por falsificação de documento público, ocorrido em Iranduba.
“Cesar Luiz, com a ajuda de Ângela, tentou emitir uma carteira de identidade sob o nome de Celso Bernardo de Oliveira, 52. O responsável pelo posto de identificação, que é um policial civil, constatou que ele apresentava uma certidão de nascimento com informações inconsistentes, e prontamente acionou a equipe de investigação da delegacia”, explicou.
O titular disse que Ângela se identificou como assessora de um escritório de advocacia de Manaus e disse ainda que estaria acompanhando o suposto morador de comunidade rural para emissão de sua primeira via de carteira de identidade.
“O infrator se passava por paciente de câncer, alegando que teria nascido em Iranduba e, desde a infância, passou a residir na área rural em Tabatinga (a 1.108 quilômetros da capital), onde a certidão de nascimento teria sido emitida”, falou.
O delegado esclareceu que, ao ser indagado sobre há quanto tempo morava em Tabatinga, o local que residia naquele município e onde teria adquirido a certidão de nascimento, além do motivo de estar emitindo o RG pela primeira vez, o homem demonstrou total desconhecimento da região, tendo alegado que viera daquele município de caminhão, sendo que os únicos acessos à localidade são pelas vias aérea ou fluvial.
Homicídio qualificado
Ainda conforme Raul, ao aprofundar as investigações, a equipe de identificadores do Instituto de Identificação do Estado do Amazonas localizou a verdadeira identidade do indivíduo, por meio do banco nacional de dados papiloscópicos. Munidos do real nome dele, foi verificada a existência da ordem judicial em razão da morte da ex-companheira de Cesar Luiz.
“Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), o crime ocorreu de forma brutal, ocasião em que o infrator adentrou armado em uma sala, onde a vítima lecionava catequese para crianças, e amarrou e amordaçou os alunos presentes, vendou os olhos da mulher, amordaçou-a e atou seus punhos com anilhas plásticas, a arrastou para um banheiro, a espancou e, por fim, a asfixiou”, relembrou.
A autoridade policial informou que o MP apurou que a motivação do crime seria por ele não aceitar o fim do relacionamento e não querer dividir os bens do casal.
Procedimentos
Luiz responderá por homicídio qualificado e falsificação de documento público. Ângela responderá por falsificação de documento público. Ambos ficarão à disposição do Poder Judiciário.
MATERIAL EM ÁUDIO
Conteúdo: Sonora do delegado Raul Augusto Neto, titular da 31ª DIP
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