Vacinas contribuem para erradicação ou diminuição da incidência de moléstias graves
Como estratégia para reforçar a importância das vacinas, o Dia Nacional da Vacinação, celebrado nesta segunda-feira (17/10), assinala o papel da imunização no controle de doenças imunopreveníveis, isto é, preveníveis por vacinação. No Amazonas, as autoridades de saúde destacam a importância dos imunizantes e de se manter a caderneta vacinal atualizada.
As vacinas foram descobertas há mais de 200 anos, após cientistas perceberem a capacidade do corpo em gerar anticorpos ao receber amostras de organismos, como vírus, bactérias e alguns fungos, em estado inofensivo. A ciência vem estudando as doenças imunopreveníveis, e as vacinas tiveram grande avanço no decorrer dos anos, sendo responsável por erradicar doenças, como a varíola, doença que teve último registro no mundo em 1977.
A poliomielite já foi uma das doenças mais temidas no mundo e foi controlada devido à cobertura vacinal. O Brasil deixou de apresentar casos da doença em 1989, e recebeu o certificado de eliminação da doença em 1994. A vacina contra a Covid-19 foi uma das que tiveram a produção facilitada, devido à infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) já fazer parte dos estudos antes da pandemia.
A infectologista pediátrica Solange Dourado, coordenadora do Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais (Crie), na Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), destaca que vírus similares ao novo coronavírus já tinham acometido humanos antes, e os estudos já estavam sendo iniciados. Com o avanço da tecnologia e da ciência, a produção das vacinas foi facilitada.
“De agora em diante, vamos ter produção de vacinas com maior brevidade do que estávamos acostumados anos atrás, mas, com certeza, com toda a segurança. Os órgãos reguladores liberaram a vacina diante de rigoroso processo de estudo de fiscalização, garantindo produção de imunizantes segura”, destaca a infectologista.
Campanhas
No Amazonas, a imunização é coordenada pela FVS-RCP. O Estado é responsável pelo recebimento das doses de imunizantes e pela distribuição delas para os municípios desenvolverem as campanhas de vacinação, de responsabilidade das secretarias municipais de saúde.
Nos últimos cinco anos, desde 2018, as campanhas de vacinação no Amazonas não apresentam coberturas vacinais e não atingem as metas preconizadas pelo Ministério da Saúde, em função da baixa adesão da população. A última campanha realizada no estado foi contra a paralisia infantil (poliomielite), que terminou no dia 30 de setembro. O Amazonas atingiu 58% de cobertura vacinal, muito aquém da meta, que é de 95%.
“O nosso estado está na iminência de ter a reintrodução da poliomielite, uma doença fatal e que deixa sequelas. No entanto, a vacina contra poliomielite e as demais da rotina seguem disponíveis em todas as unidades de saúde da capital e do interior do estado”, destaca Izabel Nascimento, coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunização (PNI).
Referência
A FVS-RCP é responsável pela Vigilância em Saúde do Amazonas, o que inclui a prevenção de doenças imunopreveníveis por meio da Gerência de Imunização (Geim) e pelo Crie.
A instituição funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na avenida Torquato Tapajós, 4.010, Colônia Santo Antônio, Manaus. Os números para contato são (92) 3182-8550 e 3182-8551.
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