12/11/2025 – 17:21
TV Câmara
Benedita da Silva: “Nossas lutas também são travadas nas cidades”
Deputadas defenderam na Conferência da ONU sobre Mudança do Clima (COP30) o protagonismo feminino no enfrentamento à crise climática. A coordenadora da Bancada Feminina da Câmara, deputada Jack Rocha (PT-ES), falou em diversos painéis sobre as iniciativas legislativas que tratam das mudanças climáticas sob a perspectiva das mulheres. “É um recado para o mundo: só haverá a transição justa com a participação das mulheres”, disse.
Na chamada Zona Azul da COP30, a Secretaria da Mulher da Câmara promoveu o debate “Cidades que cuidam”, mostrando ações das mulheres parlamentares em prol da adaptação das cidades à sucessão de eventos climáticos extremos. Parlamentar constituinte e agora no quinto mandato como deputada federal, Benedita da Silva (PT-RJ) foi uma das palestrantes. “Nossas lutas também são travadas desde os territórios urbanos até os territórios rurais”, ressaltou.
TV Câmara
Tabata Amaral tem projeto de lei sobre governança climática
A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) discursou no painel “Do local ao global: fortalecendo o papel dos governos subnacionais na governança climática”. Ela citou a Lei 14.904/24, com diretrizes para a elaboração de planos de adaptação à mudança do clima, que está valendo desde junho do ano passado, e o Projeto de Lei 4553/25, de sua autoria, sobre o mesmo tema, incluído na lista de prioridades da Frente Parlamentar Ambientalista para votação no Plenário da Câmara.
“O projeto do InfoClima prevê a condensação de 53 indicadores, dados climáticos, territoriais, socioambientais para que os nossos gestores em todos os níveis tenham os dados, tenham os planos e a gente tenha uma governança que nos permita avançar muito mais rápido”, explicou.
Inclusão
Já na Zona Verde da COP30, a deputada Juliana Cardoso (PT-SP) participou do painel “Cidades inclusivas e justas: o gênero como eixo da ação climática local”, promovido pela Associação Brasileira de Municípios. A deputada pediu pressão da sociedade civil para ajudar as parlamentares a superar a baixa representatividade nos espaços de poder.
“Somos muito poucas mulheres feministas de luta do movimento social que estão o tempo todo guerreando naqueles espaços, mas é importante a gente estar presente. Portanto, não desistiremos da política. Mas são os movimentos sociais populares e as comunidades que fazem de verdade acontecer uma política justa nessa crise climática e ambiental.”
Ao longo da semana, a COP30 terá outros painéis com foco em gênero, clima e poder.
Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Geórgia Moraes


