Com mais de 14 mil doadores, o órgão recebeu, entre 1º de janeiro até o dia 31 de maio deste ano, 6.559 doações de sangue, um número que pode parecer razoável, mas que ainda assim está abaixo das necessidades das unidades hospitalares do Estado.
Nesta terça-feira, dia 14, será comemorado o Dia Mundial da Doação de Sangue, e para comemorar a data, o Hemoraima está realizando uma série de ações voltadas ao Junho Vermelho, mês dedicado ao reforço nos estoques de sangue dos hemocentros do País.
Na semana passada, o órgão realizou uma recepção de doadores voluntários vindos da Companhia Independente de Policiamento de Trânsito Urbano de Roraima (CIPTUR), e nesta segunda-feira, dia 13, foi a vez dos estudantes do Ceterr (Centro de Educação Técnica e Especializada de Roraima ) e os militares da Base Aérea de Boa Vista .
“Hoje, o nosso estoque está muito baixo, por isso, estamos fazendo campanhas alusivas ao Junho Vermelho. Todos nós do Hemoraima ficamos preocupados, tendo em vista que o Estado voltou a realizar as cirurgias eletivas”, comentou a assistência social voluntária do Hemoraima, Terezinha Khan.
Outro que também fez questão de ajudar a unidade foi o militar da Força Aérea Mayron Veríssimo. Para ele, o ato é um gesto de humanização e apoio ao próximo.
“Eu vim doar depois de ver uma reportagem que falava que estavam precisando de doação, e também pelo curso que eu faço. Participar dessa doação é uma maneira de mostrar o nosso amor ao próximo”, ressaltou a estudante do Ceterr, Leiliane Sousa.
COMO DOAR
“Ajudar as pessoas, independente de qualquer situação, é essencial, e nós militares ajudamos da melhor forma possível. Creio que o banco de sangue depende dos cidadãos, então, é um enorme prazer ajudar”, pontuou.
No momento da doação, é preciso apresentar um documento oficial com foto. Caso o interessado seja menor de 18 anos, o mesmo deve ter o consentimento formal dos pais ou de responsável legal.
Para ser um doador de sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos de idade, pesar no mínimo 50 quilos, estar alimentado e ter dormido pelo menos seis horas na noite anterior.
“Aqui na triagem clínica, faremos uma entrevista e através disso avaliaremos se [o doador] está apto para uma doação ou não. É uma forma de prevenir que ele venha sofrer alguma reação adversa durante a doação”, informou a enfermeira do Hemoraima Cristiana Cabral.
Se encaixando nesses critérios, o doador é cadastrado e encaminhado para uma entrevista, para em seguida passar por uma triagem. Não havendo nenhum impedimento, ele é encaminhado para a sala de coleta onde é feita a doação, que dura no máximo 10 minutos.
“Às vezes, na primeira doação, o doador fica nervoso e tentamos conversar e explicamos a real importância do que ele está fazendo aqui. Não é uma simples doação que será feita, mas sim um ato de amor que ele está fazendo ao próximo, de estar salvando até quatro vidas e com ele entendendo a importância fica mais tranquilo”, lembrou o enfermeiro Wandson Cruz.
No dia da doação é preciso que o doador esteja bem alimentado e descansado. E se estiver fazendo o uso de alguma medicação, trazer o nome para que o processo não sofra nenhuma restrição.
“Você que ainda não é doador de sangue, nós do Hemoraima convidamos você para fazer esse grande ato de solidariedade e amor ao próximo, porque ao doar sangue você está salvando vidas”, concluiu Terezinha.
Vale lembrar ainda que o voluntário que apresentar sintomas de gripe, resfriado, febre e covid-19 precisa aguardar o tempo de isolamento para poder realizar a doação de sangue.
Outras informações podem ser obtidas por meio do número 98404-9594.
O Hemoraima fica localizado na Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, próximo ao Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento. O horário de funcionamento da unidade é de segunda à sexta-feira, das 7h30 às 11h e de 13h30 às 17h.