O deputado Comandante Dan (Podemos) cedeu, na sessão plenária desta segunda-feira (13), tempo de tribuna ao Secretário Chefe da Defesa Civil do Amazonas, Coronel Bombeiro Francisco Máximo, para uma análise sobre as emergências climática e ambiental vividas no Estado. O Secretário explanou sobre o que consiste a Operação Estiagem 2023 e o funcionamento do Comitê Intersetorial de Enfrentamento à Situação de Emergência Ambiental. Ele destacou o trabalho preventivo realizado com muita antecedência, desde a qualificação de servidores das defesas civis municipais para agirem diante da crise à melhoria das condições logísticas para a ação necessária no decorrer da estiagem.
Ainda no âmbito da prevenção, o Secretário falou do diálogo com as agências nacionais para que não houvesse desabastecimento no interior e, por exemplo, não fosse interrompido o fornecimento de energia elétrica nos 52 municípios que ainda tem nas termoelétricas a principal fonte de energia. Máximo também mencionou o trabalho de complementariedade do Governo do Estado aos trabalhos dos municípios, distribuindo 1 mil 500 toneladas de alimentos e água mineral. Ele mencionou que alimento, água e combustível são prioridades nas emergências e que os três executivos, municipal, estadual e federal são complementares no atendimento às populações.
O autor da cessão, Dan Câmara, abordou a necessidade de uma participação efetiva do Legislativo na proposta de soluções e de dispositivos de interação à mitigação e à solução da crise. O deputado anteriormente cedeu tempo à Marinha do Brasil, sobre a portaria de restrição à navegação noturna, e ao Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, sobre a estiagem e o combate às queimadas. Para Câmara, os parlamentares precisam “participar de maneira efetiva das questões que afetam nossa população, não podemos fechar os olhos aos acontecimentos, ou esperar apenas a ação do Executivo; temos que fiscalizar, colaborar, propor projetos de lei e até mesmo destinar emendas orçamentárias que caminhem ao encontro das demandas dos cidadãos”.
Numa análise de cenários atuais, o Secretário Máximo acredita que o regime dos rios já apresenta sinais claros de início do período de cheia, especialmente na calha do Solimões, onde já há chuvas nas cabeceiras dos rio. Entretanto, ele ainda considera preocupante a região do Alto Rio Negro, que deverá demorar mais a apresentar uma subida efetiva, prevista apenas para o final de dezembro e o início de janeiro de 2024. Francisco Máximo alerta que o trabalho preventivo é fundamental, em razão dos eventos climáticos, que estão fora da ação imediata do homem: “pelos prognósticos, caso os rios não recuperem seus níveis durante a cheia, poderemos enfrentar uma seca ainda mais violenta no próximo ano”.