Nesta sexta-feira, 18, ao abrir o segundo dia do Seminário de Segurança Inovadora, o deputado Comandante Dan (Podemos) defendeu a necessidade de um novo pacto social em favor da construção da Ordem Pública e da segurança. “Precisamos convencer as famílias que elas têm um papel importantíssimo a cumprir nesse pacto, com a devida atenção aos seus filhos e tutelados. A segurança pública começa ali”, declarou o parlamentar.
Dan Câmara, que tem um extenso currículo na gestão da segurança, defendeu firmemente a municipalização das ações e a defesa social. “Todos os fatos ligados à Ordem Pública tem início, desenvolvimento e conclusão em um espaço geográfico de uma cidade e é essa municipalidade que recebe os impactos favoráveis e desfavoráveis à segurança. Precisamos fazer as gestões das cidades trabalharem em favor da segurança de suas cidades; e a defesa social é uma ação preventiva de segurança”, explicou.
Na sequência do Seminário, o Secretário Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Tadeu de Alencar, reforçou a necessidade da municipalização das ações de Segurança Pública. “Estamos retomando o diálogo federativo, interrompido nos últimos quatro anos, e precisamos unir esforços das diferentes esferas de poder, federal, estadual e municipal; por isso ontem estive com o Secretário Mansour, que dirige a pasta no Amazonas”, disse.
O Secretário Tadeu também mencionou a necessidade de uma política de presença e ação nas fronteiras, no “combate à vulnerabilidade daquelas áreas, o que favorece o crime organizado”.
O evento, que reuniu prefeitos do interior, secretários municipais de segurança pública, vereadores do Amazonas, integrantes das forças policiais e cidadãos interessados no tema, apresentou temáticas que permearam praticamente todas as falas. Nas palestras do primeiro dia, os secretários de segurança pública do Acre e de Minas Gerais, José Américo Gaia e Rogério Grego, falaram insistentemente sobre atuações integradas entre as forças policiais, somando esforços e evitando sobreposições de ações. O Secretário Gaia, do Acre, falou da importância estratégica das ferramentas tecnológicas no combate ao crime, inclusive com o uso de câmeras de reconhecimento facial a partir de um cadastro de foragidos e suspeitos.
O Acre já foi considerado o estado mais violento do Brasil, em 2017, e hoje apresenta números bem melhores em termos de mortes violentas intencionais por cem mil habitantes.
Também no primeiro dia, o Prefeito de Lageado (RS), Marcelo Caumo, e o secretário de segurança daquele município, Paulo Roberto Locatelli, apresentaram a experiência exitosa na municipalização da segurança e na diminuição dos índices de violência, numa mas palestras mais aplaudidas do dia.
Dan Câmara declarou que, pela riqueza do conteúdo apresentado pelas palestras, haverá material digital disponível para o acesso de todos. “Precisamos disseminar as experiências inovadoras e gerar conhecimento na área; segurança é cidadania”.