Com o tema “Infância e Sustentabilidade”, a creche municipal Magdalena Arce Daou, da Prefeitura de Manaus, participou, nesta sexta-feira, 30/5, da 1ª edição do “Dia Mundial do Brincar”. A atividade, coordenada no Brasil pela organização sem fins lucrativos Aliança pela Infância, foi realizada na praça molhada do Cajual, no bairro Morro da Liberdade, zona Sul da capital, e contou com apresentações culturais do grupo de arte e cultura Allegriah, além de oficinas de pipa de papelão, balões e um piquenique.
A ação destacou a importância do brincar como direito da criança e instrumento de transformação social, promovendo também o pertencimento territorial, a sustentabilidade e a valorização do entorno da creche, situada em uma área impactada pela degradação do igarapé do 40. A iniciativa integra o movimento global da Aliança pela Infância, que este ano propõe o tema “Proteger o encantamento das infâncias”.
A pedagoga da creche, gerenciada pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), Maria Virgínia Roque, explicou que a “Semana do Brincar” tem como objetivo desenvolver os aspectos socioculturais das crianças, aspectos que já são trabalhados na unidade.
“Estamos aqui hoje para comemorar com as crianças a Semana do Brincar, que já é institucionalizada. Realizamos essas atividades para desenvolver os aspectos sociais e socioculturais que já fazem parte do nosso trabalho, mas nesta semana de forma mais intensificada”, afirmou a pedagoga.
Para a professora Maria Raquel Santos, o “Dia Mundial do Brincar” integra o projeto macro da instituição, intitulado “Infâncias Periféricas: Propostas para Adiar o Fim do Mundo”, voltado ao resgate socioambiental e socioeducativo da área do igarapé do 40, onde está localizada a creche.
“Aqui, neste espaço, temos várias problemáticas sociais. Uma delas é a poluição nas proximidades da creche. Por isso, propomos a ocupação dos espaços territoriais próximos ao igarapé, onde há uma lixeira viciada. Nesse contexto, o lúdico é uma ferramenta dentro do currículo da educação infantil, com interações e brincadeiras, para que as crianças, junto às famílias e à escola, tenham êxito nessa proposta de resgate territorial às margens do igarapé do 40”, destacou Raquel.
Thays Paula, mãe do pequeno José Pedro, do maternal 3, comentou sobre a importância dos projetos realizados pela creche, especialmente para crianças atípicas.
“Meu filho é uma criança atípica, então esses projetos de passeios e encontros são muito importantes, pois incentivam a interação com outras crianças, além da rotina da sala de aula. Quando essas programações acontecem fora da creche, há uma interação maior, tanto para as crianças quanto para os pais, pois trocamos experiências”, concluiu Thays.
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Texto – Jorgiane Castinares / Semed
Foto – Divulgação / Semed