Durante a Sessão Plenária, desta segunda-feira (6), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), os deputados estaduais comemoraram o anúncio, realizado pelo governador Wilson Lima (UB), da convocação dos aprovados nos concursos da Segurança Pública do Amazonas. O anúncio, segundo os parlamentares, representa o fortalecimento das forças de segurança do estado e reflete os esforços contínuos para garantir a proteção da população amazonense.
O deputado Cabo Maciel (PL) anunciou a convocação dos aprovados no concurso da área de Segurança Pública, realizado ano passado, para as Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Detran-AM e Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM). Ao todo, os certames abriram mais de 2,4 mil vagas para profissionais ingressarem nos quadros efetivos dos órgãos.“O último concurso da PM foi em 2011 e o da PC em 2009, estávamos há mais de dez anos sem concurso. Todos os anos, durante dez anos, cerca de 300 policiais militares se aposentam ou seguem para a reserva remunerada e sem reposição desse capital humano. Por isso a necessidade de convocação desses concursados é tão importante”, afirmou Maciel.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Roberto Cidade (União Brasil), contribuiu com o discurso afirmando que o deputado Cabo Maciel sempre foi muito atuante e cobrado pelos concursados. “Hoje é um dia de vitória e avanços na segurança pública do Amazonas”, avaliou.O presidente da Comissão de Segurança Pública da Aleam, deputado Comandante Dan (Podemos) também exaltou a convocação dos concursados e disse que a iniciativa atende aos anseios da sociedade, não somente dos aprovados no certame. “A sociedade amazonense clama por mais segurança.
O deputado Wilker Barreto (Cidadania) saudou a convocação, mas afirmou ser tardia. “É importante que se faça, mas quero antecipar que a convocação deve ser completa, ao invés de chamar somente alguns. Estou apresentando uma emenda ao Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA 2024) para que todos os aprovados sejam convocados”, disse.
Feminicídio
A deputada Alessandra Campêlo (Podemos) abordou a violência contra mulheres ocorrida no último fim de semana no Amazonas e citou o caso de uma jovem de 27 anos assassinada pelo marido Olímpio Gomes Maia, policial militar, que a matou com um tiro na cabeça dentro de um condomínio em Manaus.
“Temos mensagens dela pedindo socorro aos amigos e dentro do próprio condomínio. A cena do crime não foi preservada, o assassino tomou banho depois e ainda foi escoltado pelos seus colegas policiais militares para que ele registrasse o assassinato como suicídio. Quem quer se suicidar não pede, nem grita por socorro”, denunciou a parlamentar estadual. Campêlo declarou ainda que a Procuradoria da Mulher já está fornecendo apoio psicossocial à família, bem como acompanhamento jurídico.
Outro caso abordado pela deputada ocorreu em Eirunepé (distante 1.166 quilômetros de Manaus em linha reta), quando um sargento da PM que estava embriagado agrediu uma mulher em uma briga de bar. “O que mais impressiona é que no outro dia ele foi trabalhar normalmente, sem que a polícia tenha feito nada. Estou solicitando que ele seja removido da cidade e quero saber se foi aberto algum tipo de inquérito”, declarou.
Em outro caso, acontecido em Manacapuru (distante 78 quilômetros de Manaus), o PM Eliedson Silva agrediu a esposa e atirou contra a casa da vizinha. “Estou solicitando que ele seja removido da cidade e que a polícia civil investigue corretamente e que ele seja punido por isso. Policiais deveriam dar exemplo”, apelou.r.