FOTOS: Divulgação/AdafServidores da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) e membros de outras quatro entidades instalaram, nesta semana, um grupo de trabalho em Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus), que deverá garantir, em nível municipal, a vigilância e a saúde dos trabalhadores que manuseiam defensivos agrícolas nas propriedades locais. A iniciativa atende às diretrizes da Política Nacional de Saúde do Trabalhador, instituída pelo Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012.
Há 6 minutos
Por Agência Amazonas
Equipe local irá atuar junto à comunidade de Novo Remanso, maior produtora de abacaxi do Amazonas
Nos seis municípios, já foram realizadas ações de coletas de dados quanto ao uso de agrotóxicos e a construção de uma lista com os nomes dos responsáveis pelas visitas às comunidades que utilizam produtos químicos na prevenção de pragas.
No Amazonas, a necessidade de expansão da política nacional para os municípios começou a ser discutida e planejada, em 2020, por meio da implantação de grupos de trabalho. Além de Itacoatiara, as cidades de Coari, Tefé, Iranduba, Manaquiri, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo também contam com células locais instaladas para oportunizar a Vigilância de Populações Expostas a Agrotóxicos (VSPEA).
“Este selo indica alta qualidade do produto, no caso o abacaxi. Por isso, o grupo atuará junto aos produtores e a comunidade local, levando aspectos técnicos da importância do uso de equipamentos de proteção individual, da devolução de embalagens vazias de agrotóxicos, das dosagens corretas, da tríplice lavagem de recipientes de defensivos, além de instruir a todos da comunidade sobre como proceder nos casos de intoxicação. É preciso impedir, por exemplo, o uso dessas embalagens como depósito de água. Já nos hospitais e prontos atendimentos, a meta é esclarecer sobre a importância da coleta de dados sobre casos de intoxicação”, explicou.
Segundo o engenheiro agrônomo da Adaf e colaborador estadual do Grupo de Trabalho Interinstitucional de Atenção Integral à Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos (GT-Agrotóxicos), Hélio Matos, em Itacoatiara, a equipe local irá atuar junto à comunidade de Novo Remanso, a maior produtora de abacaxi do Amazonas, com selo de Indicação Geográfica (IG), na categoria Indicação de Procedência (IP), concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi).
Estiveram presentes membros do GT-Agrotóxicos estadual, composto por servidores da Adaf; do Centro Estadual de Referência Estadual de Saúde do Trabalhador (Cerest), dos Departamentos de Vigilância Ambiental (DVAF) e Vigilância Sanitária, da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP); da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA); da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam); do Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (Cerest/Manaus), órgão vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa); e do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam).
Os encontros para a formação do grupo de trabalho local aconteceram na segunda (13/12) e na terça-feira (14/12), na sede do Serviço Social da Indústria (Sesi), em Itacoatiara.
Educação sanitária – Comprometida em desenvolver a política estadual de defesa agropecuária, por meio da preservação do patrimônio animal e vegetal do Amazonas, além de contribuir para o resguardo da saúde pública, a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) tem um importante papel no fomento de ações de educação sanitária.
A previsão é de que representantes da Adaf; das secretarias municipais de Produção, Abastecimento e Políticas Fundiárias (Sempab) e de Saúde (Semsa); do Cerest; e do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) componham o grupo de trabalho em Itacoatiara.
Nesse sentido, esclarecer a todos os agentes ligados à agricultura sobre a importância do uso correto de agrotóxicos é fundamental para mitigar riscos e danos à saúde da população amazonense.