A reforma e restauração do conhecido Casarão de São Vicente, na rua Bernardo Ramos, dentro do programa da Prefeitura de Manaus, o “Nosso Centro”, passará por nova análise junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-AM) para adequação do projeto. Técnicos do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) realizaram as adequações e vão encaminhar a documentação para o Iphan até a próxima semana.
O Casarão de São Vicente será um hub de inovação e coworking com térreo, área para recepção e eventos, incluindo o piso superior, que ganhará um terraço com café e área de contemplação.
Para o novo uso, atendendo especificações e necessidades da Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi), que ocupará o imóvel, serão três pavimentos adequados à volumetria da fachada, deixando a construção mais simples.
O terraço previsto terá vista para o rio Negro e futuro largo do mirante da Ilha de São Vicente, valorizando ainda mais um prédio de referência arquitetônica e da própria história da capital. A estimativa é de que a licitação ocorra ainda este ano.
A ideia é que o edifício se integre ao movimento do Casarão da Inovação Cassina, na mesma rua, atendendo a demanda da Semtepi. “O edifício vai ampliar a oferta de prédios públicos funcionais, assim como ocorre hoje com o Cassina. E um dos pontos altos é que amplia o conceito de diversidade de usos para as edificações no Centro”, explicou o diretor de Planejamento Urbano do Implurb, arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro.
Casarão
O Casarão de São Vicente fica na mesma rua onde foram restauradas as casas mais antigas da capital, de números 69 e 77, na rua Bernardo Ramos. As duas casas foram transformadas em espaço de promoção da cultura. As residências foram totalmente restauradas pela Prefeitura de Manaus e servem para abrigar o acervo de um dos principais artistas amazonenses, Óscar Ramos.
A recuperação e ocupação das casas históricas integram as ações do projeto de ressignificação do Centro Histórico de Manaus. Feitas com parte da estrutura em taipa (barro e madeira), as casas geminadas de número 69 e 77, carregam, em sua arquitetura, uma parte da história de Manaus, datada ainda do período colonial, anterior ao que mais comumente se encontra no centro histórico da cidade, construído no tempo áureo da borracha. Elas são consideradas as residências mais antigas da capital amazonense.
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Texto – Claudia do Valle/Implurb
Fotos – Valdo Leão/Arquivo Semcom
Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHBqjzY5tH
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