Bioeconomia é um tema central nas discussões sobre desenvolvimento sustentável, e o governador Wilson Lima enfatizou isso durante a abertura do Bioeconomy Amazon Summit em Manaus. Este evento é um ponto de encontro crucial para líderes, investidores e empreendedores que buscam soluções inovadoras para a bioeconomia na Amazônia.
O governador destacou que a bioeconomia não é apenas uma tendência, mas uma necessidade vital para o Amazonas. Ao falar sobre as políticas públicas que estão sendo implementadas, ele ressaltou a importância da inovação e da inclusão produtiva dos povos da floresta. Essas políticas visam não apenas preservar o meio ambiente, mas também oferecer alternativas econômicas viáveis para as comunidades locais.
“Nós, como líderes e parceiros, precisamos garantir que o valor da bioeconomia chegue a quem mais precisa”, afirmou o governador. Este evento no Centro de Convenções Vasco Vasques reúne mais de 140 startups, focadas em bioeconomia e tecnologias verdes, demonstrando o potencial da região para se tornar um hub de inovação.
Além disso, o Bioeconomy Amazon Summit 2025 está promovendo diálogos entre diferentes stakeholders da Amazônia, o que é essencial para conectar idéias a ações concretas. A importância do evento é vista também como uma oportunidade de ampliar as parcerias entre o setor privado e o governo, alinhando esforços para fortalecer as cadeias produtivas sustentáveis.
Entre os investimentos feitos pelo Governo do Amazonas em bioeconomia, destacam-se os mais de R$ 730 milhões destinados a ciência, tecnologia e inovação de 2019 a 2024. O valor aplicado especificamente em bioeconomia e tecnologia verde foi de R$ 33 milhões, apoiando mais de 250 projetos em diversas regiões.
Isso é um passo significativo para estabelecer um modelo econômico que privilegia o uso sustentável da biodiversidade amazônica. O compromisso do governo é gerar empregos e renda ao mesmo tempo que se mantém a floresta em pé, promovendo um equilíbrio saudável entre a biodiversidade e o desenvolvimento econômico.
O Plano Estadual de Bioeconomia, uma iniciativa inédita coordenada pela Secretaria de desenvolvimento econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), está em fase de escuta ativa nos 62 municípios do Amazonas. Seu foco é entender as especificidades locais e apoiar as cadeias produtivas que valorizam os saberes tradicionais. Esta estratégia será apresentada na COP30, em Belém, como um modelo que pode ser replicado em outras regiões.
Wilson Lima também mencionou as ações em andamento, incluindo o fortalecimento da meliponicultura e o projeto piloto do curauá em Novo Remanso. Outros esforços, como manejos sustentáveis de pirarucu, jacaré e produtos não madeireiros, demonstram a diversidade das iniciativas que recebem apoio do governo. Esses projetos são vitais para garantir uma bioeconomia robusta, que se baseia na conservação da biodiversidade.
Modelos sustentáveis já consolidados, como a Zona Franca de Manaus, têm papel indispensable na manutenção de 97% da cobertura florestal do Estado. O programa Guardiões da Floresta também é um exemplo de como a bioeconomia pode beneficiar diretamente as comunidades locais. Recentemente, a primeira escola da Floresta foi inaugurada em São Sebastião do Uatumã, disponibilizando educação de qualidade para 200 alunos.
O Amazonas ainda está na vanguarda de compromissos ambientais com iniciativas como o Plano Amazonas 2030, que visa o desmatamento líquido zero até 2030. Isso se complementa com o Manaus Action Plan, um documento que se tornou uma referência em soluções para redução do desmatamento não só na Amazônia brasileira, mas também em outros países da Pan-América.
O futuro da bioeconomia no Amazonas parece promissor, com uma combinação de políticas públicas, inovação e a valorização dos saberes tradicionais, criando um ciclo virtuoso de desenvolvimento sustentável. A participação ativa do governo em eventos como o Bioeconomy Amazon Summit é crucial para a continuidade dessas iniciativas e para levar o Amazonas a um novo patamar de desenvolvimento econômico.
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