Bases fluviais têm desempenhado um papel fundamental na luta contra o tráfico de drogas no Amazonas. No primeiro semestre de 2025, essas bases apreenderam nada menos que 1,6 tonelada de drogas, evidenciando a eficácia das ações coordenadas pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). Essa apreensão representa um marco significativo no combate ao crime organizado na região.
As operações foram realizadas de forma abrangente, englobando os principais rios da Amazônia, como Solimões, Negro, Japurá e Amazonas. As Bases Fluviais Arpão 1, 2 e 3, junto com as bases Paulo Pinto Nery e Tiradentes, resultaram em uma série de ações impactantes. Durante as ações, mais de mil embarcações foram vistoriadas, demonstrando o comprometimento da SSP-AM e a parceria entre diferentes forças de segurança.
Além das drogas, as operações levadas a cabo pelas bases fluviais levaram à prisão de 60 indivíduos. As autoridades também confiscavam cinco armas de fogo, 23 munições e 325 mil litros de combustível. Essas apreensões, combinadas, causaram um impacto financeiro estimado de mais de R$ 158 milhões para as organizações criminosas, o que revela a seriedade da atuação das forças de segurança.
Vinicius Almeida, secretário da SSP-AM, sublinhou a relevância do trabalho conjunto entre as polícias Militar (PMAM) e Civil (PC-AM). Ele informou que mais de 90% dos recursos destinados a essas operações foram disponibilizados pelo governo estadual, destacando a determinação em combater não apenas as drogas, mas também o crime organizado.
Outra inovação importante foi a implementação do uso de cães farejadores pela Companhia Independente com Cães (Cipcães) da PMAM. Esses cães têm demonstrado habilidades excepcionais na detecção de entorpecentes, mesmo em locais de difícil acesso. Um exemplo notável foi quando o cão Xerife encontrou 36 quilos de maconha skunk e cocaína, avaliados em mais de R$ 885 mil, solidificando o valor da tecnologia no combate às drogas.
As equipes responsáveis pela fiscalização nas bases fluviais realizam vistorias rigorosas em todas as embarcações e cargas suspeitas. A atuação dos cães é de suma importância, visto que eles são treinados para localizar drogas escondidas em compartimentos ocultos, tornando-se uma ferramenta essencial nessa luta.
Entre as operações dignas de nota, uma ocorreu em 25 de junho na Base Fluvial Arpão 3, onde 98 quilos de drogas foram apreendidos. Com a assistência de agentes do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), a cadela Athena indicou a presença de drogas na embarcação Profeta Daniel I. A operação culminou na apreensão de 55,8 quilos de maconha skunk, 35,5 quilos de pasta base de cocaína e 6,7 quilos de cocaína em pó, resultando em um prejuízo de R$ 3,4 milhões para o crime organizado, reiterando a eficácia das bases fluviais na segurança pública.
As operações realizadas pelas Bases Fluviais não apenas demonstram a determinação das forças de segurança, mas também apontam para a inovação contínua na utilização de tecnologia e recursos humanos. A interconexão entre diversas esferas de segurança é crucial para o sucesso dessas operações, e o investimento em treinamento e equipamentos, especialmente em cães farejadores, tem provado ser vital.
Por meio desse comprometimento e atuação estratégica, as bases fluviais estão mostrando que é possível enfrentar o tráfico de drogas e o crime organizado nas águas da Amazônia, garantindo a segurança da população e a preservação do ambiente. O futuro dessas operações promete mais inovações e resultados positivos contra o tráfico de drogas.