O deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) enviou nesta segunda-feira, 19, um ofício à Secretaria da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) solicitando informações dos recursos arrecadados no 42º Festival Folclórico do Complexo Social Urbano (CSU) do Parque Dez de Novembro, na zona Centro-sul de Manaus. O pedido do parlamentar ocorre em meio à polêmica denúncia da destruição de parte da mureta e grades do complexo poliesportivo para funcionar como “estacionamento rotativo” de veículos, além da cobrança do valor abusivo que girava em torno de R$ 20.
Na noite do último domingo, 18, um vídeo divulgado amplamente nas redes sociais mostra homens não identificados quebrando o muro e as grades de uma área do CSU, administrado pela Prefeitura de Manaus, para servir de entrada de veículos das pessoas que estavam no festival. É possível ver agentes do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) assistindo o ato que, segundo moradores do bairro, foi autorizado pelo coordenador do evento, identificado como Derval dos Santos. A denúncia foi revelada pelo vereador Rodrigo Guedes (Podemos).
Para Barreto, o responsável do local precisa dar explicações acerca do estacionamento irregular “improvisado” e a cobrança indevida aos clientes que utilizaram o local.
“Por mais que não seja um assunto de deputado estadual, mas eu tenho um carinho especial pelo (bairro) Parque Dez porque nasci e me criei lá. Saiu ontem nas redes sociais que estão falando aí do Derval. Eu conheço o Derval, se o coordenador tiver coragem, ele sabe quem deu ordem, não foi ele, ele tem que ter coragem de dizer quem deu a ordem para cobrar o estacionamento”, ponderou o deputado.
Diante da situação, Wilker oficializou o secretário da Semasc, Eduardo Lucas, pedindo informações acerca do direcionamento dos recursos arrecadados na edição atual do evento, considerado um dos festivais folclóricos mais tradicionais da capital amazonense.
“Ingressei hoje na Semasc pedindo informações para onde está indo os recursos deste festival. Eu administrei esse festival como vereador em 2010, foi a única vez que se prestou conta e o dinheiro foi todo revertido no CSU. São mais de R$ 300 mil que se arrecada lá, se o dinheiro é público e está bancando o festival, para onde está indo esse dinheiro? Então, estou pedindo com base na Lei de Acesso à Informação, transparência nesse festival que pertence a Manaus, em especial aos amigos e amigas da zona Centro-sul, e não a uma meia dúzia de pessoas”, finalizou.
Jornalista responsável: Nathália Silveira (92) 98157-3351
Texto: Dayson Valente