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Vice-governador Tadeu de Souza lança Rede de Proteção e Conservação da Biodiversidade por meio de Tecnologias
Representando o governador Wilson Lima, o vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza, anunciou, nesta quinta-feira (23/11), a criação da Rede de Proteção e Conservação da Biodiversidade por meio de Tecnologias (Redt/AM). A iniciativa visa aperfeiçoar as diferentes frentes de combate ao desmatamento e às queimadas ilegais no estado, incluindo a extensão do monitoramento da qualidade do ar para todos os 62 municípios.
O anúncio foi feito durante a assinatura do termo de cooperação entre o Governo do Amazonas e a Embaixada da Coreia do Sul, em solenidade na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), no bairro Parque Dez, zona centro-sul de Manaus. Com apoio das empresas sul-coreanas Samsung e LG, o órgão diplomático investiu US$ 500 mil, o equivalente a mais de R$ 2,4 milhões, na implantação da nova rede.
Às autoridades e empresários sul-coreanos presentes, o vice-governador manifestou gratidão pela parceria e reiterou a importância do trabalho colaborativo, envolvendo os setores público e privado, no atual momento de emergência climática enfrentado pelo Amazonas. De acordo com Tadeu de Souza, a Redt/AM será fundamental para as ações governamentais voltadas à enchente e estiagem de 2024.
“Sabemos que esse processo de extremos climáticos vai se intensificar e essa iniciativa do Estado do Amazonas com a Embaixada da Coreia é importante para que a gente se prepare para essa janela de imprevisibilidade que está vindo por aí”, afirmou o vice-governador, ao lado dos titulares da Sema, Eduardo Taveira, e do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente.
O embaixador da Coreia do Sul no Brasil, Ki-mo Lee, ressaltou que os recursos financeiros investidos irão financiar a aquisição de ferramentas tecnológicas de monitoramento de grande parte da região amazônica brasileira. Segundo o diplomata, além do Amazonas, a Embaixada sul-coreana também fez doações similares para os estados de Roraima e Pará.
“A Amazônia é um patrimônio precioso do Brasil que tem sido o berço de gerações de pessoas, um tesouro de diversidade biológica e a base da solução para enfrentarmos as mudanças climáticas globais. Espero que as ferramentas digitais entregues contribuam para os esforços para preservar a beleza da Amazônia e para o benefício da população local”, afirmou o embaixador.
Rede de Qualidade do Ar
De acordo com o vice-governador, a Redt/AM vai operar a partir de três eixos estratégicos: qualidade do ar, fortalecimento interinstitucional e proteção da biodiversidade. O planejamento prioriza, entre outras medidas, a implantação da primeira Rede de Qualidade do Ar no estado, realizando o monitoramento da poluição atmosférica em 100% do território amazonense.
“É muito importante para o povo amazonense, é importante para o Estado. A gente que vive, agora, muito impactado com esse ambiente extremo, principalmente durante a estiagem, e a exigência que se faz para que o Amazonas tenha todo um sistema de proteção e monitoramento em relação à qualidade do ar e em relação ao monitoramento de sua biodiversidade”, salientou Tadeu de Souza.
De acordo com o titular da Sema, Eduardo Taveira, a criação da Rede de Qualidade do Ar atende a uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). O mecanismo será ativado por meio da sensores de monitoramento, a serem adquiridos via Embaixada da Coreia do Sul. A ideia é dar apoio à tomada de decisões do Estado na formulação de políticas públicas ambientais e de saúde pública relacionadas ao ar.
“Isso vai nos ajudar, por exemplo, a identificar esse deslocamento das massas de nuvens e a capacidade que elas têm de prejudicar a qualidade do ar em cada município, nos dando mais antecipação em relação aos boletins, ao trabalho unificado com as prefeituras municipais, para que a gente possa definir protocolos e cada estágio dessa qualidade do ar”, explicou o secretário.
Monitoramento modernizado
O segundo eixo da Redt/AM pretende fortalecer as instituições e estruturas de monitoramento ambiental em Manaus e no interior. Equipamentos como videowall, smartphones, notebooks e impressoras irão reestruturar a Sala de Situação da Sema e os Centros Multifuncionais localizados nos municípios de Apuí, Humaitá e Boca do Acre, no sul do Amazonas.
“Por meio desse acordo de cooperação financeira, o Governo do Amazonas tem a oportunidade de ampliar o monitoramento ambiental do Estado, em especial nas áreas que têm mais pressão do desmatamento e das queimadas ilegais na região sul do estado”, observou Eduardo Taveira.
Biodiversidade protegida
Para ampliar a vigilância ambiental no Amazonas, o terceiro eixo da Redt/AM inclui o uso de armadilhas fotográficas, conhecidas como camera traps, e aquisição de drones e aparelhos de GPS, para apoiar atividades em campo. A meta é aprimorar o monitoramento da biodiversidade e das 42 Unidades de Conservação (UC) geridas pelo Governo do Estado.
Consideradas ferramentas importantes para a pesquisa e conservação da vida silvestre, às câmeras traps capturam o registro fotográfico de animais, de forma não invasiva, sem causar incômodo ou lesão à fauna. Além de ajudar no levantamento de espécies presentes em determinada área, a tecnologia poderá auxiliar no estudo de hábitos, como alimentação, reprodução, interações sociais e padrões comportamentais.
Participação
A assinatura do termo de cooperação entre Governo do Amazonas e Embaixada da Coreia do Sul também teve a presença do presidente da fábrica da Samsung em Manaus, Chol Ho Jo; do vice-presidente de Relações Públicas & B2B na América Latina, Hokyun Kim; e do vice-presidente da fábrica da Samsung em Manaus, Woo Yong Lee.
A lista prossegue com o vice-presidente sênior da LG Brasil, Young Moo Seo; o diretor de relações governamentais no Amazonas da LG, Ji Ho Yang; o ministro da Embaixada da Coreia do Sul, Gun Hwa Kim; o cônsul da Embaixada, Byungik Lee; e o especialista econômico da Embaixada, Rafael Eojin Kim.
Representando o Governo Federal, estiveram a ministra-diplomata e chefe do Escritório de Representação do Itamaraty na Região Norte (Erenor), Maria Deize Camilo; e o coordenador-geral de Análise e Acompanhamento de Projetos Agropecuários da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Sérgio Muniz.