Para iniciar o uso de um novo larvicida (Espinosade DT.) no combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor de transmissão da dengue, zika vírus e febre chikungunya, agentes de controle de endemias, da Prefeitura de Manaus, participaram nesta sexta-feira, 2/9, de uma capacitação promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).
A capacitação foi realizada no auditório do Distrito de Saúde (Disa) Sul, na avenida Umberto Calderaro Filho, bairro Adrianópolis, e, nessa etapa, teve como público-alvo profissionais que atuam no controle de endemias nos bairros da zona Sul de Manaus. Ainda no mês de setembro, a Semsa irá concluir a capacitação de profissionais dos Disas Norte, Leste e Oeste.
Coordenando o processo de capacitação, o chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores da Semsa, Alciles Comape, explicou que o larvicida é um produto utilizado apenas quando não é possível eliminar o depósito de água encontrado em um imóvel, que oferece risco permanente, porque pode servir como criadouro do mosquito Aedes aegypti e, em muitos casos, são caixas d’água e tonéis encontrados em residências, terrenos baldios, empresas e casas desabitadas.
“O larvicida utilizado anteriormente não agia de forma imediata eliminando a larva no momento em que o produto era colocado no depósito de água. A eliminação ocorria quando o mosquito atingia o quarto estágio de larva ou pupa, o que pode levar quase duas semanas. O novo larvicida elimina a larva praticamente na hora em que o produto é colocado no depósito que está sendo tratado. Além disso, continua agindo no depósito por um período de 60 dias, reduzindo ainda mais o risco de proliferação do mosquito”, explicou Alciles Comape.
Segundo o chefe do setor de Controle de Endemias do Disa Sul, Luciano Lopes da Silva, a identificação dos depósitos em que há necessidade a aplicação de larvicida é feita a partir do trabalho de agentes de endemias nas visitas domiciliares que são realizadas durante o ano.
“Os agentes fazem visitas domiciliares, com ações de educação em saúde, orientam os moradores sobre a eliminação dos depósitos que podem ser criadouros do mosquito e identificam os que precisam de tratamento com o larvicida. É um trabalho feito de forma coesa e direcionado para casos específicos. Os agentes do Disa Sul realizam até 8 mil visitas domiciliares mensalmente e, em média, é feito o tratamento com larvicida em 140 depósitos”, informou Luciano Silva.
O chefe do Núcleo de Controle de Agravos Transmitidos pelo Aedes, Edvaldo Rocha, destacou que o uso do larvicida é uma das estratégias de combate da dengue, zika vírus e febre chikungunya, mas que a medida mais importante é que a população faça a vistoria uma vez por semana no próprio domicílio, identificando os riscos e eliminando possíveis criadouros, já que ciclo evolutivo do mosquito leva de sete a dez dias.
“O morador deve ficar sempre atento para verificar e cuidar da própria residência uma vez por semana para evitar a proliferação do Aedes. Assim, é possível reduzir a infestação do mosquito e evitar o grande número de casos de dengue, zika e chikungunya”, alertou Edvaldo Rocha.
Este ano, Manaus já registrou 36 casos confirmados de febre chikungunya, 47 casos confirmados de zika vírus e 919 casos confirmados de dengue.
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Texto – Eurivânia Galúcio
Fotos – Divulgação/Semsa
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