Termina na próxima terça-feira (15/09) a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa em 41 municípios amazonenses. A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) alerta os criadores para a importância de imunizar os bovinos e bubalinos de zero a 24 meses.
Até o último dia 28, já haviam sido vendidos aproximadamente 60% das doses de vacina estimadas para essa etapa da campanha, que iniciou em 1º de agosto com previsão de imunizar cerca de 214 mil animais. De acordo com a fiscal agropecuária médica veterinária da Adaf, Joelma Silva, a média está dentro do esperado, e a procura pela imunização deve se intensificar nessa última semana da ação.
“Os produtores entendem que a vacinação é importante para a prevenção da doença, para a manutenção do status de livre de aftosa com vacinação e também para assegurar a transição do estado para o status de livre sem vacinação”, destaca.
Esta etapa da campanha acontece nos municípios de Alvarães, Amaturá, Anamã, Anori, Atalaia do Norte, Autazes, Barreirinha, Benjamin Constant, Beruri, Boa Vista do Ramos, Borba, Caapiranga, Careiro, Careiro da Várzea, Coari, Codajás, Fonte Boa, Iranduba, Itacoatiara, Itapiranga, Japurá, Jutaí, Manacapuru, Manaquiri, Manaus, Maraã, Maués, Nhamundá, Nova Olinda do Norte, Parintins, Rio Preto da Eva, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, São Sebastião do Uatumã, Silves, Tabatinga, Tefé, Tonantins, Uarini, Urucará e Urucurituba.
As doses da vacina podem ser adquiridas em casas agropecuárias credenciadas pela Adaf ou nos escritórios do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam). O preço varia de R$ 1,90 a R$ 2,10 por dose (2 ml).
A vacinação do rebanho tem que ser declarada à Adaf até o dia 31 de outubro. Para isso, os produtores deverão comparecer à Unidade Local de Sanidade Animal e Vegetal (Ulsav) de seus respectivos municípios. A multa pelo descumprimento dessa obrigatoriedade é de R$ 300 por propriedade, com acréscimo de R$ 40 por animal cuja imunização não tenha sido informada.
Status sanitário – No dia 11 de agosto deste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) reconheceu o status sanitário de zona livre de febre aftosa sem vacinação em 13 municípios amazonenses e parte de Tapauá, que detêm mais de 65% do rebanho do Amazonas. Com isso, eles ficaram aptos a comercializar bovinos e bubalinos para todos os estados do Brasil (exceto Santa Catarina, que exige o reconhecimento internacional), ampliando o mercado dos pecuaristas locais e aumentando o preço pago aos produtores. A suspensão da imunização nos outros 49 municípios está prevista para 2022.
O diretor-presidente da Adaf, Alexandre Araújo, destaca que o trabalho da agência, que executa no Amazonas as ações do Programa Nacional de Vigilância para Febre Aftosa, é fundamental para a saúde pública e crescimento econômico do estado.
“A Adaf atua com muita seriedade nas campanhas de vacinação, como essa que estamos encerrando em 41 municípios, porque entende que é primordial garantir a manutenção dos status sanitários já alcançados e evoluir para ter todo o Amazonas reconhecidamente livre de aftosa sem vacinação”, afirma.