Durante o primeiro ciclo de debates, realizado na sala de número 2 do Salão Nobre do Studio 5 Shopping e Convenções, o superintendente-adjunto Executivo, Luiz Frederico Aguiar, participou do painel sobre a construção de um Observatório de Tecnologias Verdes, como parte do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado entre o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), a Suframa e o Instituto Federal do Amazonas (IFAM). A iniciativa é coordenada pelo INPI e tem a participação de servidores das três instituições.
O objetivo do Observatório é congregar e disponibilizar dados obtidos por meio de estudos de prospecção tecnológica relacionados a tecnologias ambientalmente sustentáveis e relevantes para o desenvolvimento da bioeconomia nacional. Deste modo, são apresentadas informações estratégicas com as finalidades de subsidiar a elaboração de políticas públicas; auxiliar na avaliação setorial dos resultados da política industrial; e permitir melhor utilização dos recursos de fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica.
Na explanação, Frederico Aguiar destacou que a criação do Observatório representa um marco importante para que seja criada uma “cultura da propriedade intelectual” na região.
“O Observatório de Tecnologias Verdes vai ser um instrumento em que se vai poder visualizar, com facilidade, se estamos evoluindo ou para que lado nós estamos indo. Também será um avaliador de toda a política pública no investimento com a Lei de Informática na Amazônia Ocidental e Amapá”, sugeriu.
De acordo com Frederico, o desafio agora é desenvolver a região, a partir da diversificação dos vetores, que, segundo ele, estão quase todos concentrados na matriz indústria.
“Precisamos estimular os outros vetores: pesquisa, desenvolvimento e inovação. Acreditamos que os bioinsumos da Amazônia serão parte dessa diversificação, esse ganho. E a gente precisa gerar emprego, riqueza, renda, a partir dos nossos insumos, e o ecossistema de inovação tem se estruturado para isso”, frisou o superintendente-adjunto.
Além de Frederico Aguiar, compuseram o painel o presidente do INPI, Júlio César Moreira; o coordenador de Finanças Verdes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), jornalista Márcio Gallo, que é servidor da Suframa e está cedido para a instituição em Brasília; e o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação do IFAM, Paulo Henrique Costa de Lima.
O titular do INPI ressaltou a importância do ACT com a Suframa em meio a observações do tipo que, para se fortalecer no mercado brasileiro, uma startup leva pelo menos cinco anos atrás de financiamento, de investiduras, para que efetivamente consiga colocar seu negócio no mercado. Ele também revelou que o Instituto está redirecionando o seu posicionamento regional e estará presente também no norte do País.
“Nós não estamos presentes na Região Norte. Então, nós teremos um INPI aqui no norte, mais efetivamente em Manaus, e a gente já está vendo como isso irá se dar”, disse.
Bioeconomia
“Temos também a valorização dos produtos da região Amazônica. Essa iniciativa tem o potencial de agregar valor, gerar renda para as comunidades locais e contribuir para o desenvolvimento de bionegócios na região”, destacou Vieira, acompanhados de servidores da Coordenação-Geral de desenvolvimento regional (CGDER).
Evento
A programação prevê a realização de palestras, painéis, exposições de empresas, institutos de ciência e tecnologia, universidades públicas, startups e ambientes de empreendedorismo e inovação.