Rota do Guaraná é uma exposição que promove a inclusão através da arte e da cultura. A Rota do Guaraná foi realizada pela Biblioteca Braille do Estado do Amazonas, inaugurando com uma experiência sensorial emocionante. O evento, ocorrido no dia 22 de outubro, celebrou o guaraná, ícone da cultura amazônica, e o aniversário de Manaus, que completou 356 anos. Com a proposta de tornar a arte acessível a todos, a Rota do Guaraná contou com oito obras táteis, que refletem a vida e o cotidiano do município de Maués, conhecido como a ‘Terra do Guaraná’, localizada a 276 quilômetros de Manaus.
As obras foram idealizadas pela fotógrafa e produtora cultural Aline Fidelix, que teve uma visão clara de como a arte PODE não apenas emocionar, mas também incluir. A equipe da Biblioteca Braille se empenhou em adaptar as fotografias, criando versões táteis, legendas em braille e QR codes com audiodescrição. O resultado da Rota do Guaraná foi uma experiência completa que permitiu às pessoas com deficiência visual explorar e sentir as incríveis paisagens e a rica cultura do guaraná.
A exposição da Rota do Guaraná estará disponível no Bloco C do Sambódromo de Manaus, das 9h às 17h, até o dia 29 de outubro. Posteriormente, o evento será transferido para o Centro de Convenções Vasco Vasques durante a Feira de Livros do Sesc, que ocorrerá no final de outubro e início de novembro. Essa transição reflete o compromisso do Governo do Amazonas e da Secretaria de Estado de Cultura e economia criativa em tornar a arte uma ferramenta inclusiva e acessível.
Para o gerente da Biblioteca Braille, Gilson Mauro, a Rota do Guaraná representa o histórico compromisso da instituição com a inclusão. “Trabalhamos com acessibilidade há 26 anos, e é essencial que aproveitemos ocasiões como o aniversário de Manaus para celebrar essas conquistas. A Aline Fidelix apoiou a ideia e as oito fotos foram transformadas para que pudessem ser apreciadas por todos”, afirmou. O processo de adaptação das obras foi meticuloso e levou cerca de 12 dias, envolvendo toda a equipe técnica da Biblioteca Braille, garantindo que cada peça da Rota do Guaraná estivesse no padrão adequado de acessibilidade.
Entre as obras expostas na Rota do Guaraná, destacam-se títulos como “Olhos de Guaraná”, “Cacho de Guaraná Maduro” e “Guaraná acolhido na mata”, cada uma contando uma história única que retrata a essência da cultura guaraná e das tradições de Maués. A visita à Rota do Guaraná possibilitou a artistas e visitantes, como a artista Marselha Cauper, sentir uma conexão íntima com cada imagem através do toque e audiodescrição. “Foi uma experiência transformadora, que permitiu que eu sentisse a fotografia de uma maneira que nunca tinha experimentado antes”, comentou Marselha, destacando a relevância da acessibilidade em todos os eventos artísticos.
A idealizadora do projeto, Aline Fidelix, enfatizou a importância da acessibilidade para que todos possam vivenciar a arte de forma plena. “Queria que a Rota do Guaraná mostrasse mais do que a beleza das imagens, mas também a cultura e a essência de Maués. Torná-la acessível foi um sonho realizado. Agora, todos podem sentir o guaraná com seus sentidos”, disse Aline ao refletir sobre o impacto positivo da exposição em todos os públicos.
Em resumo, a Rota do Guaraná se destaca como um exemplo brilhante de como a arte PODE ser acessível e inclusiva, promovendo não apenas a cultura amazônica, mas também criando um espaço onde todos são bem-vindos a sentir e experimentar a beleza da vida através das tradições locais. Essa iniciativa reafirma a importância da acessibilidade na arte e convida outros projetos a seguirem o mesmo caminho enriquecedor.