Ipaam multa criador por maus-tratos a 104 porcos e 6 animais silvestres, refletindo a gravidade das ações ambientais necessárias na Amazônia. A recente operação do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), realizada em colaboração com a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) e a polícia Militar do Amazonas (PMAM), expôs uma triste realidade sobre o tratamento dado aos animais em uma propriedade às margens da BR-174. Durante a fiscalização, os agentes encontraram 104 porcos em condições deploráveis, sendo alimentados apenas com sementes de açaí, o que resultou em sinais claros de desnutrição. Essa situação despertou preocupações não apenas sobre o bem-estar dos animais, mas também sobre os impactos ambientais causados pelo lançamento direto de dejetos em cursos d’água locais.
A ação se deu a partir de informações anônimas que denunciavam a criação irregular de suínos e o maus-tratos cometidos pelo proprietário. Diante da evidência de que os porcos não tinham comida adequada, a equipe do Ipaam, ciente das regras de proteção animal, emitiu quatro autos de infração. O total das multas aplicadas alcançou R$ 490.970, evidenciando a preocupação do órgão em coibir tais práticas nocivas.
Além dos porcos, a operação identificou a presença ilegal de seis animais silvestres, especificamente cinco queixadas e um jabuti-tinga. Como ressaltou o diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, essas irregularidades não são apenas uma questão de legislação ambiental, mas refletem uma falta de respeito pela vida animal e pelo ambiente que todos nós devemos proteger.
Os fiscais, ao observarem as condições dos porcos, relataram que muitos estavam à beira da morte devido à negligência alimentar e possíveis doenças. A gravidade da situação exigiu a intervenção de médicos-veterinários para avaliar os animais, embora a possibilidade de doação tivesse que ser descartada por conta do estado crítico dos porcos.
Os detalhes das multas incluem R$ 210.500 pela operação de uma criação de suínos sem licença, R$ 30 mil por manter animais silvestres sem autorização, R$ 90.470 por maus-tratos e R$ 160 mil por descargas irregulares de dejetos em recursos hídricos. A propriedade foi embargada até que todas as irregularidades sejam corrigidas e as normas cumpridas.
Nesse cenário, medidas sanitárias foram também adotadas. O abate sanitário foi recomendado para os porcos, uma ação que visa evitar a propagação de doenças como a Peste Suína Clássica e outras condições que ameaçam a saúde pública e a segurança alimentar. O abate será feito em um abatedouro licenciado, garantindo que a situação seja tratada de forma responsável.
Além disso, o responsável pela propriedade terá um prazo de 20 dias para pagar as multas ou apresentar sua defesa, de acordo com a legislação federal. O Ipaam continua vigilante em seu papel de fiscalização para garantir a saúde animal e a proteção ambiental na Amazônia, e ações de fiscalização estão sendo intensificadas em todo o estado.
É fundamental que a população esteja atenta e denuncie irregularidades, utilizando canais como o contato da Gerência de Fiscalização Ambiental, disponível pelo WhatsApp. Somente através da conscientização e fiscalização rigorosa, poderemos assegurar o bem-estar dos animais e a conservação das riquezas naturais do nosso país.
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