Na terça-feira (24/9), o deputado estadual Rozenha (PMB) criticou a demora do Governo Federal em tomar medidas para minimizar os impactos da vazante na Amazônia. Durante seu discurso na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o deputado destacou a burocracia envolvida na chegada do navio responsável pela dragagem da Costa do Tabocal, em Itacoatiara, uma das principais soluções para a navegação em rios com níveis baixos. Apesar de estar prevista há quatro meses, a embarcação só saiu dos Estados Unidos no domingo (22/9). Para o deputado, o Governo Federal não está agindo com a urgência necessária. “O navio só deve chegar ao Amazonas no dia 13 de outubro. Será que não é óbvio que, com uma vazante de 40 centímetros por dia, quando o navio finalmente chegar, não conseguirá realizar a dragagem da Costa do Tabocal? Isso porque o navio precisa de água para navegar. O Governo Federal está ignorando a situação”, afirmou o deputado. Rozenha ressaltou que o Governo do Amazonas já havia alertado, desde abril, sobre a possibilidade de colapso no Estado devido à previsão de forte estiagem. No entanto, nenhuma medida foi tomada pelo Governo Federal para contornar as dificuldades que já eram esperadas para a população do Estado. Um exemplo disso é a degradação da balsa do Igapó-Açu, na BR-319, que é a única forma de garantir o tráfego de veículos no KM 270 da rodovia. Devido à lentidão na travessia, dezenas de carretas formaram um grande congestionamento, transportando inclusive alimentos para abastecer o Amazonas. “O DNIT não se preparou. Não providenciou uma segunda balsa. O Governo Federal parece achar que as coisas podem ser feitas com a mesma lentidão que estão acostumados. Mas a natureza não espera por ninguém. Os fenômenos climáticos não param por vontade política”, enfatizou o deputado. Para Rozenha, é preciso desburocratizar os processos legais. Mesmo com os alertas constantes sobre a piora das condições climáticas, o Governo Federal não tomou nenhuma medida para ajudar a população da Amazônia. “Neste momento, o tempo é crucial. E o tempo pode significar fome. E a fome pode significar morte. Tudo isso por falta de planejamento e de espírito público”, concluiu o deputado.